Foi entregue na passada sexta-feira, 19 de Novembro, o dossier de candidatura da cidade de Braga à fase de pré-selecção a Capital Europeia da Cultura (CEC) 2027. Na corrida estão 12 cidades portuguesas – Braga, Aveiro, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Oeiras, Ponta Delgada, Viana do Castelo e Vila Real – que serão agora alvo da primeira fase de avaliação do júri internacional.
O painel de peritos vai agora analisar os dossiers de candidatura entregues, bem como as audições presenciais com o júri, previstas para o início de 2022. É com base nestes dois momentos de avaliação que o júri decide quais as cidades que avançam para a fase seguinte de apreciação.
Em nota enviada, pode ler-se que o dossier de candidatura de Braga «reflecte o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no Concelho desde 2018, momento em que Braga iniciou o processo de candidatura a CEC, com um trabalho contínuo de auscultação à população. Nas diferentes sessões de auscultação, a candidatura identificou desafios e ausências na cidade, ao mesmo tempo que recolheu contributos e sugestões dos cidadãos como possíveis caminhos para solucionar estes desafios através da cultura».
O programa artístico para o ano de 2027 conta, entre outros projectos, com «propostas que surgiram da “Open Call” dirigida à comunidade local, estando dividido em quatro grandes eixos que resultam das questões identificadas ao longo deste processo de escuta da cidade, os quais, «um dos eixos apresenta projectos que fomentam práticas colaborativas e o envolvimento de cidadãos na participação cultural. Neste eixo procura-se a integração e a dinâmica de vizinhança ou “de bairro”; Outro eixo está pensado para intensificar a relação entre o urbano e o rural, procurando aproximar estes dois territórios do concelho e buscando soluções através da cultura para uma maior presença da natureza e de espaços verdes num contexto de cidade; Outro eixo ainda reúne projectos que se focam no desenvolvimento do espírito crítico e da participação cívica dos cidadãos. Através das artes e da cultura, procura-se quebrar o apatia e desinteresse generalizados que hoje se sente não apenas em Braga, mas em toda a Europa e no mundo. Este conjunto de projectos pretende reaproximar os cidadãos do seu lugar de interveniente activo na sociedade; O programa artístico inclui também um eixo de programação exclusivamente dedicado ao sector cultural e criativo, onde se delineiam projectos que visam apoiar a criação artística em Braga, criando condições de trabalho, dando formação, apoiando a internacionalização e promovendo o intercâmbio com artistas europeus e mundiais».
Caso Braga seja seleccionada para a fase final, segue-se um novo ciclo de trabalho onde a candidatura deve redigir um «segundo dossier, mais completo e detalhado do que o anterior, e dar continuidade aos diferentes processos de auscultação à população Bracarense, com foco no sector cultural e criativo do Concelho».