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Concelhia de Braga do CDS desafia partidos políticos a dizer “basta de castrar” mundo rural

O presidente da Concelhia de Braga do CDS, Altino Bessa, desafia os partidos a colocar nas suas prioridades a defesa do território rural nas próximas Eleições Legislativas, impedido a redução das verbas a atribuir às associações de desenvolvimento local prevista no PEPAC (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum).

Argumentando que com as verbas a decrescer, “ao longo dos anos”, fazendo com que estas associações se mantenham “à tona”, Bessa, também vereador do Ambiente e Desenvolvimento Rural na Câmara de Braga, afirma que para as associações e grupos de acção Local (GAL) “é impossível que se desenvolva qualquer trabalho de impacto nos territórios”.

“Esta falta de recursos irá surtir numa inércia obrigatória por parte das associações que incidem na defesa dos territórios rurais (…) Se até agora estas associações faziam um esforço hercúleo para poderem levar a cabo a sua prática, com um novo corte nas verbas, a situação tornar-se-á insustentável”, alerta em comunicado ao PressMinho.

“Basta de ‘castrar’ o mundo rural. As frentes políticas têm de se posicionar na defesa destes territórios para que o seu desenvolvimento seja, efectivamente, uma realidade. Perante esta indiferença do Estado, que futuro se espera para os territórios já identificados como ‘os mais desprotegidos’”, afirma.

Perante esta “letargia” que “choca”, o líder dos centristas bracarenses, desafia “os partidos políticos e os seus candidatos a deputados pelo distrito a incidirem nesta temática que merece toda a nossa atenção”, lembrando os esforços da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATHACA).

Sublinhando que a Política Agrícola Comum (PAC) “passou a implementar medidas estruturais que tiveram algum impacto (não o desejado) na sociedade rural, mais precisamente, nas pequenas unidades agrícolas familiares sem afirmação no mercado, Altino Bessa afirma que “este retirar de verbas vem inviabilizar e provocar uma regressão no trabalho que tem vindo a ser feito até agora. Um trabalho que requer um esforço tridimensional porque os recursos são parcos. 

“O centralismo tem de dar lugar a um olhar homogéneo do nosso território. Nesta medida, os responsáveis políticos têm, de uma vez por todas, de chamar à liça os assuntos e problemáticas que importam à sociedade e que causam impactos negativos no quotidiano da população nacional, refere.

Para o dirigente do CDS, o país “entrou numa fase de decisão política e todos os intervenientes têm a obrigação de ver e ouvir os problemas existentes em todo o território, cabendo “aos partidos políticos e candidatos a deputados pelo distrito nas próximas eleições legislativas pegar neste tema e dar-lhe voz 

“Dar voz às necessidades do território, dar voz à população e ouvir para agir em prol de todos os cidadãos, sem excepção, remata.

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