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BRAGA

BRAGA -
Ricardo Rio considera “absolutamente justas” criticas do Presidente da Câmara do Porto à ANMP

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, afirmou este terça-feira que percebe “algum do desalento” do seu congénere do Porto com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), e considera “absolutamente justas” as criticas de Rui Moreira à anterior direcção da associação.

Em declarações à Lusa, o social-democrata Ricardo Rio considerou que, antes da eleição da actual presidente, a ANMP teve posições que “muito frequentemente não defenderam os interesses dos municípios”.

“A actual presidente [Luísa Salgueiro] ainda não teve tempo para poder ser merecedora dos mesmos reparos. Antes pelo contrário, até tem tido alguma capacidade de interlocução com o Governo para, na matéria de transferência de competências, ser um bocado mais flexível, com o adiamento da descentralização na área social”, disse o autarca de Braga.

Recorde-se que a socialista Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos, foi eleita em Dezembro presidente da ANMP, substituindo o também socialista Manuel Machado, que ocupava o cargo desde 2013.

ASSOCIAÇÃO MAIS FRÁGIL

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse esta terça-feira não se sentir em “condições” para passar “um cheque em branco” à ANMP para negociar com o Governo o processo de transferência de competências.

A Câmara do Porto vai também discutir, na próxima terça-feira, a saída da ANMP em consequência do processo de descentralização de competências, o qual pretende assumir de forma “independente” e “sem qualquer representação”.

“Eu acho que as críticas do presidente Rui Moreira são absolutamente justas em relação àquilo que foi a conduta da ANMP antes da actual eleição”, referiu Ricardo Rio.

Adiantou, no entanto, que “num futuro próximo” não estará em cima da mesa uma eventual saída de Braga da ANMP.

Com o possível abandono do Porto, Rio diz ser “incontornável” que a associação ficará “mais frágil”, até porque em causa está “um dos principais municípios” portugueses.

Ressalvou que essa é uma decisão que cabe a cada um dos municípios.

“Cada município deve avaliar se se considera bem representada pela ANMP e se extrai algum tipo de benefício do facto de fazer parte da associação e agir em conformidade. Em relação ao Porto, respeito a opção e percebo algum do desalento do seu presidente. É uma posição que ele toma e que eu respeito, naturalmente”, disse ainda o autarca de Braga.

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