Adormeceu em serviço, em 2020, quando estava escalado para atendimento noturno no posto da GNR de Joane, em Famalicão.
Vai ser julgado no Tribunal do Porto pelo crime de incumprimento dos deveres de serviço. Mas o Guarda diz que o serviço nunca esteve em causa.
A acusação diz que o arguido, de 30 anos, tinha sido escalado em 25 de outubro de 2020, para o serviço de atendimento ao público no Posto Territorial da GNR de Joane, das 00h00 às 08h00.
“Porém, foi avistado deitado no sofá da sala de convívio/bar de olhos fechados, entre o período das 5h30-6h00, tendo sido despertado pelo Comandante de Posto, o Primeiro-Sargento Ricardo Pereira, escalado para o mesmo turno”, diz o magistrado.
Assim, “colocou-se na impossibilidade total ou parcial de garantir as condições de segurança das instalações militares e deixou de efetuar um desempenho profissional normal, atendendo os telefones e estando vigilante às comunicações, deste modo deixando como deixou efetivamente, de cumprir a sua missão de atendimento ao público, e segurança de instalações”.
APOIO ÀS PATRULHAS
Essa missão “inclui não só o atendimento pessoal de cidadãos que compareçam no Posto ou que ao mesmo se dirijam telefonicamente, mas também a de dar apoio às patrulhas que se encontrem no exterior, e fazer a segurança interna e externa das suas instalações ”.
“O arguido, que é militar da GNR desde dezembro de 2014, agiu livre, deliberada e conscientemente, sabendo que a sua conduta era proibida e punida por lei, o Código de Justiça Militar”, conclui o MP.
O militar em causa é defendido pela advogada Mariana Agostinho, do escritório de João Magalhães, a qual vai tentar demonstrar que o arguido não praticou nenhum crime, nem pôs em causa o atendimento e o serviço naquele posto.