A Associação Portuguesa de Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE) exige ao Governo que pague os prejuízos com a proibição total de lançamento de fogo-de-artifício, incluindo a devolução do dinheiro pago em taxas.
O sector considera ter sido transformado em “bode expiatório” por causa dos fogos florestais. O presidente da APIPE, Carlos Macedo, afirma que a proibição de fogo-de-artifício não se justifica.
A APIPE começa esta quinta-feira a fazer o levantamento de prejuízos, mas avança que no sector já se fala em muitas falências. A preocupação prende-se com o facto de haver muitas empresas familiares.
“Às vezes, 50 ou 100 euros de fogo pode equivaler a 200 ou 300 euros de taxa e as taxas não são devolvidas. São centenas de milhares de euros de prejuízos e empresas com dificuldades de escoar os produtos. Neste momento já se fala em muitas falências na área da pirotecnia. E a preocupação é grande porque há empresas familiares”, apontou Carlos Macedo.
“A APIPE não representa incendiários. A APIPE representa empresários”, afirma o responsável.
O Ministério da Administração Interna assegura que não está em cima da mesa qualquer alteração à lei de bases da Protecção Civil e da lei de defesa da floresta contra incêndios. Daí continuar a ser proibido lançar fogo-de-artifício até ao final de Setembro.
Foi esta a resposta do Governo a uma outra estrutura representativa do sector, a Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos, que em comunicado adiantou que a tutela admitiu rever esta medida.