A Câmara de Braga estima que a construção de um novo Centro Coordenador de Transportes, que inclui a demolição do atual edifício, possa vir a custar 30 milhões de euros, 29 dos quais a suportar por privados com a contrapartida de construção de apartamentos e espaços de serviços.
A este montante – que consta da proposta de delimitação da Área de Reabilitação Urbana Espaço Central, bem assim como da respetiva Operação de Reabilitação Urbana – soma-se a previsão do custo de 2,8 milhões, da intervenção a fazer na área adjacente, de 14 mil m2, ou seja, na reabilitação da rua dos Chãos e da Praça Alexandre Herculano, assim como da envolvente ao Mercado Municipal, da Avenida General Norton de Matos e da Praça da Galiza.
O estudo, a que O Amarense acedeu, diz que é necessário “criar uma infraestrutura capaz de oferecer um serviço que responda às exigências e necessidades atuais, pelo que a solução passa pela demolição integral e construção de novo equipamento, com a integração de novas valências, e eventualmente com novos usos de habitação/serviços”.
O que – sublinha – “permitirá uma reorganização e melhoria da mobilidade urbana. E gerará maior dinâmica a toda esta área da cidade”.
CDU É CONTRA
A hipótese de constituição de uma PPP (Parceria Público-Privada) foi avançada em dezembro pela vereadora que tutela os equipamentos municipais, Olga Pereira, tendo, dias depois, sido debatida em reunião de Câmara, já que a vereadora da CDU, Bárbara Barros, se manifestou contra.
Na ocasião, o presidente do Município disse que, se trata apenas de um estudo, que ainda não chegou à fase de projeto, mas lembrou que “o custo da obra pode vir a implicar a participação de empresas privadas”.
Já a vereadora Olga Pereira adiantou que o projeto arquitetónico só fica concluído em 2023: “pensamos que ainda será possível lançar o concurso público no último trimestre do ano, de forma a que a obra esteja concluída no final de 2024”, disse, salientando que o orçamento do projeto, e o seu financiamento, obrigam ao recurso a uma solução de parceria com um construtor privado.
CÂMARA GERE DESDE 2021
O Centro de Transportes, cuja gestão passou para a Câmara em março de 2021, necessita de obras de requalificação e ampliação, tendo em conta que o edifício começou a ser construído no início da década de 70 do século passado, com verbas do então Fundo de Transportes Terrestres constituído com o imposto de camionagem pago pelas operadoras do setor. Ficou concluído em 1974, mas só em finais de 1976 começou a funcionar, então sob gestão da empresa Rodoviária Nacional, que era pública.