O presidente da Câmara de Terras de Bouro, Manuel Tibo, defendeu esta terça-feira a necessidade de “mudança de políticas”, considerando “fundamental” continuar a “aprofundar” o legado deixado pela revolução de 25 de Abril de 1974.
No discurso durante a cerimónia evocativa do 49º aniversário da revolução, que permitiu derrubar a ditadura, o autarca terrabourense sublinhou que Portugal não é “um país perfeito”, mas que “caminha todos os dias para o desenvolvimento”.
“Na antecâmara dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que se assinala em 2024, é fundamental perceber para onde queremos ir, que país queremos e que sociedade pretendemos”, sublinhou.
Manuel Tibo frisou a ideia de que “a democracia é sempre uma tarefa inacabada” e apelou a que “cada um defenda a liberdade”, dando o melhor “na contínua construção de um concelho melhor e de um país livre para todos”.
Essa foi também a tónica dos discursos dos representantes do PSD e do PS, Avelino Soares e Vítor Fernandes, respectivamente, que fizeram a retrospectiva do pré e do pós-revolução em Portugal.
Avelino Soares lembrou também a guerra na Ucrânia, que merece “revolta, repulsa e condenação”, uma vez que “a liberdade e a democracia estão a ser atacadas”.
“Não deixem murchar os cravos”, apelou.
Para Vítor Fernandes, este é o “dia maior” do Portugal contemporâneo, sendo igualmente uma “oportunidade para reflectir sobre o presente” e para “aprofundar os valores” de Abril.
“É também tempo de prestar homenagem ao espírito livre, democrático e solidário daqueles que lutaram por uma sociedade mais justa e tolerante”, rematou.
A cerimónia contou com momentos musicais a cargo de alunos da Escola de Música de Terras de Bouro, acompanhados pelo professor Luís Pinho.