Texto de Manuel Sousa Pereira
A inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que desenvolve sistemas e tecnologias capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como a aprendizagem, raciocínio, resolução de problemas, perceção, processamento de linguagem natural e a tomada de decisões.
Relativamente às ferramentas utilizadas podemos referir o ChatGPT e Copy.ai que criam textos, posts e roteiros em segundos, acelerando processos criativos. No atendimento ao cliente, por exemplo, os assistentes virtuais e chatbots automatizam interações, oferecendo suporte rápido e personalizado em diversas plataformas. Na tradução instantânea vemos soluções como o Google Translate e o DeepL tornam a comunicação multilíngue mais acessível, conectando pessoas e empresas.
Relativamente à personalização da comunicação, verificamos, por exemplo, conteúdo direcionado verificando a IA a analisar dados dos utilizadores para criar mensagens personalizadas, aumentando a relevância e o envolvimento ou no marketing digital com algoritmos que segmentam públicos e ajustam campanhas publicitárias em tempo real com base no comportamento dos consumidores.
Sobre a facilidade de acesso, verificamos a inclusão digital com ferramentas de IA como leitores de tela e sistemas de transcrição automática, que tornam a comunicação acessível para pessoas com deficiências visuais ou auditivas, bem como, a criação de conteúdo simplificada, através de plataformas de IA que permitem que pequenos criadores, sem grandes recursos, produzam materiais de alta qualidade.
Sobre a tomada de decisão baseada em dados assistimos à análise preditiva com a IA a analisar padrões em grandes volumes de dados para prever tendências de comunicação e comportamento do público e obter feedback em tempo real com ferramentas que monitorizam reações nas redes sociais e ajustam estratégias automaticamente.
Como principais desafios temos a desinformação, com a criação de fake news, pois a IA pode gerar conteúdos falsos com aparência convincente, dificultando a identificação de informações verídicas e deepfakes: vídeos e áudios manipulados criados com IA podem comprometer a credibilidade de figuras públicas ou organizações.
A desumanização com a falta de empatia, apesar de serem eficientes, os sistemas de IA podem falhar em compreender nuances emocionais ou culturais, bem como, a substituição do toque humano e a dependência excessiva de IA que pode reduzir a conexão humana genuína.
A privacidade e ética, com a coleta de dados, através de ferramentas de IA que dependem de grandes volumes de dados, levantando preocupações sobre segurança e privacidade e também o preconceito algorítmico que se não forem bem treinadas, as IAs podem perpetuar informações incorretas e a discriminação nas mensagens ou decisões imprecisas.
A dependência tecnológica com a perda de habilidades humanas, através da excessiva confiança em ferramentas de IA que pode enfraquecer habilidades humanas, como escrita criativa e comunicação interpessoal.
Em síntese as ferramentas de IA estão a alterar e a influenciar o futuro da comunicação, tornando-a mais eficiente, personalizada e acessível. No entanto, seu uso responsável exige atenção aos desafios éticos, sociais e culturais, pois a verdadeira vantagem da IA está na sua combinação com a perspetiva humana, criando um equilíbrio entre tecnologia e a empatia.