Autor: Manuel Sousa Pereira
Quando somos crianças, vivemos com a necessidade de termos a maioridade, autonomia a liberdade para conduzir a nossa própria vida, de forma independente e autónoma, para sermos finalmente “livres” utilizando cada minuto incorporado na irreverência da idade em cada dia como se fosse o único, como a vida nunca tivesse um fim.
Assim, percebendo desde muito cedo, que o tempo é precioso, pois desde a infância que temos que compreender que existem horas para descansar, para trabalhar, para desenvolvermos os nossos hobbies, para nos socializarmos uns com os outros, para sermos felizes e realizados, para partilharmos as nossas ideias e vivermos o prazer de partilhar e aprender com todos.
No entanto, somos com muita regularidade, “empurrados” pelo tempo, pelas horas, pelos compromisso do dia a dia, pela necessidade estruturante de estarmos na hora certa, no momento certo, para respeitarmos os prazos, os timings, incorporados em períodos temporais, pois o tempo não pára mais.
Neste sentido, o stress do dia a dia, envolve-nos em compromissos constantes, em tarefas rotineiras, em atividades presentes que nos absorvem, mais do que o tempo, mas a capacidade de reflexão, a criatividade, a capacidade de reflectir sobre a obtenção da diferença distintiva, fundamental para a construção do “novo” e daquilo que nos realiza pessoal e profissionalmente.
Frequentemente, ouvimos muitas vezes dizer “não tive tempo” todavia todo o nosso tempo está conectado com a relevância que lhe atribuímos através das horas, dias e anos que atribuímos às coisas, tarefas e atividades pessoais e profissionais, pois, cada pessoa procura utilizar o seu tempo para aquilo que entende serem as suas prioridades, desejos, motivações e interesses, pois querendo, todos nós encontramos tempo para fazer aquilo que realmente gostamos de fazer e simultâneamente, encontramos desculpas para aquilo que não nos motiva ou não nos interessa…
Importa assim, estabelecer-mos prioridades, fazendo escolhas, optando por aquilo que é realmente importante e urgente, sistematizando, de forma organizada, planeada, dirigida e controlada para uma eficiente operacionalização dos nossos objetivos em busca da satisfação pessoal.
Este tempo, que todos temos, que a todos assiste, onde todos estamos, todavia, é este mesmo tempo que depressa passa, que nos consome, umas vezes escasseia, outras nos move depressa para uma vida vivida na ansiedade, pensando apenas no futuro, esquecendo o presente…
Neste sentido, importa viver “sentindo” verdadeiramente o presente, alicerçado com todo o conhecimento, experiência e aprendizagem do passado, procurando preparar o futuro conciliando todo o conhecimento, habilidade e atitude positiva para o futuro.