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A todos aqueles que estão em casa 

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Opinião de Bruna Silva

 

Não há dúvidas de que a pandemia tem trazido alterações significativas a todas as pessoas. Falo para os pais que se dividem entre teletrabalho e crianças em aulas virtuais; para os avós, a quem lhes é negada a visita dos netos e filhos; aos atletas, que alteraram a sua rotina para um treino em casa. Há fases difíceis e esta é, com certeza, uma delas, e pode conduzir a desmotivação, isolamento e exclusão social. Aguardamos, (im)pacientemente, o instante em que nos liberam as saídas, mas é importante não esquecermos que o que vivenciamos agora poderá ter consequências para a nossa vida futura. Considero que temos vindo a percorrer um caminho que, embora lento, nos impulsiona para a perceção da saúde mental. Mas há sempre mais a fazer. E é sobre algumas dessas ações, e para os jovens e os seus pais, que dirijo as próximas palavras. 

Às vezes parece-nos que qualquer pessoa no mundo está a tirar melhor proveito deste momento do que nós próprios: está a aprender receitas novas, o trabalho está a ter mais rendimento, já leu um número incontável de livros, etc. Bem, é importante não nos esquecermos que os momentos de bloqueio, de nostalgia, de zanga, não são os que são transmitidos nas redes sociais. A utilização destas plataformas está, precisamente, associada a sentimentos de solidão e redução de bem-estar. Não estou a dizer para nos abstermos destas redes, apenas para reduzirmos o tempo de ecrã e darmos preferência a formas ativas de comunicação à distância. De preferência, partilha a tua experiência com amigos, com certeza encontrarás compreensão. Às vezes, também pode acontecer dares por ti a sentires-te só: tenta perceber se isso não se deverá ao facto de que estamos, realmente, em isolamento, ou se é uma sensação que já existia antes. Pode ajudar começares um diário, escreveres coisas positivas tuas, das pessoas que te rodeiam e do mundo, iniciares uma lista de desejos ou do que gostavas de empreender na próxima semana. Isto irá ajudar-te a organizares melhor o teu tempo, a reduzir o tal tempo de ecrã e, cereja no topo do bolo, a monitorizares o teu estado emocional, que é tão importante! Por outro lado, tenta diversificar as tuas atividades ao longo do dia. Um dia passado em frente à televisão é prejudicial na medida em que todos os dias se assemelham idênticos e intermináveis. Atividades de lazer são imprescindíveis e, na realidade, têm até um impacto positivo no teu desenvolvimento, por isso, quanto mais e diferentes, melhor! É natural que te pareça que a criatividade te foge (a ansiedade é fator preponderante), mas tenta dizer a ti mesmo que não há problema e concentra-te naquilo que está ao teu alcance. Há dias melhores e piores. Lembra-te de todas aquelas vezes que parecia não haver nada a fazer e, ainda assim, conseguiste pensar numa solução. 

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