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Ainda não há acordo entre o Governo e os médicos

Os sindicatos dos médicos e o Governo não chegaram a acordo na reunião de hoje, e voltam a reunir-se na próxima terça-feira, adiantou o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que regista, ainda assim, “uma evolução” na proposta da tutela.

O secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, à saída da reunião no Ministério da Saúde, em Lisboa, adiantou que o Governo propôs um aumento no valor pago por hora aos médicos, mas que fica ainda longe da reivindicação de aumento de 15%, que representa já “uma cedência” face às exigências iniciais.

Os sindicatos, que deveriam ter tido esta quinta-feira a última reunião negocial com a tutela, voltam a reunir-se com o Ministério da Saúde na próxima terça-feira, véspera da votação final do Orçamento do Estado para 2024.

As negociações decorrem há 19 meses, com a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) a exigir aumentos de 30% e um horário de 35 horas semanais, as 12 horas de serviço de urgência e a atualização do salário base que reponha o poder de compra para os níveis anteriores à “troika” para todos os médicos.

O SIM levou para a reunião desta quinta-feira uma proposta de aumentos de 15%, uma cedência face aos 30% anteriormente exigidos.

O Governo propõe um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

A proposta iguala o salário base dos médicos (3.025 euros), representando um aumento de 5,5%, contra os 3,6% apresentados na última proposta e que mereceu a contestação dos sindicatos.

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