REGIÃO

REGIÃO -
Alto Minho regista 100 incêndios numa semana e exige mais meios de combate

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

O presidente da Federação de Bombeiros de Viana do Castelo, Germano Amorim, exigiu esta terça-feira “seriedade” no combate aos incêndios, através de dispositivos disponíveis durante todo o ano, referindo que na última semana registaram-se 100 fogos no distrito.

“Há cada vez mais incêndios durante todo o ano. Na última semana de Janeiro tivemos cerca de 100 incêndios no distrito de Viana do Castelo e essa despesa não pode continuar a ser suportada pelas associações humanitárias, compostas ainda maioritariamente por bombeiros em regime de voluntariado”, afirmou o responsável, citado numa nota enviada esta terça-feira à imprensa.

Germano Amorim disse “não ser admissível que o Estado continue a fazer dos bombeiros autênticos burros de carga no que refere à garantia da protecção civil nacional”.

Segundo o presidente da Federação de Bombeiros do Alto Minho, com sede em Arcos de Valdevez, as corporações de voluntários “suportam mais de 85% dos serviços de INEM, apagam incêndios de graça, garantem transporte de doentes não urgentes a preços verdadeiramente miseráveis, que não acompanham sequer a taxa de inflação nacional anual e o brutal aumento de combustíveis, sem qualquer tipo de discriminação positiva a favor de quem é o garante do sossego do Estado sem que nada se peça em troca a não ser respeito e dignidade”.

Para Germano Amorim, “as alterações climáticas e a força dos números dos últimos anos exigem uma mudança urgente de paradigma face à política nacional no combate aos incêndios”.

“Não podemos admitir que haja um dispositivo especial de combate a incêndios rurais para um determinado período do ano, continuando a ignorar a realidade dos incêndios fora desse referido período”, alertou, dirigindo-se às autoridades nacionais de emergência e protecção civil.

Defendeu ainda que as autoridades “não podem continuar a aceitar como normal todas as queimas e queimadas que se fazem ao longo de meses, essencialmente em períodos tão longos de seca como o que o país atravessa”.

“Os prejuízos são avultadíssimos até do ponto de vista ambiental”, avisou, defendendo ser “necessário apostar em métodos alternativos de limpeza florestal e agrícola com métodos combinados de compostagem e projectos activos de sumidouros de carbono”.

“As queimas poluem e a qualidade do ar fica irremediavelmente comprometida, o que causa sérios danos para a saúde pública. Um corte epistemológico com a actual realidade é necessário e indispensável”, frisou Germano Amorim.

Com uma área total de 222 mil hectares, 162 mil hectares área florestal, o distrito de Viana do Castelo é composto por 208 freguesias, 99 das quais (8,9% do total do país) são consideradas prioritárias na prevenção de fogos florestais e onde estão identificados 1.185 lugares prioritários.

O distrito de Viana do Castelo conta com 11 corporações de bombeiros voluntários, sendo que o concelho de Caminha é o único que tem duas destas corporações. Já Viana do Castelo, além de uma corporação de bombeiros voluntários, dispõe de um corpo de bombeiros sapadores.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS