A partir do próximo ano lectivo, os alunos do 12º ano poderão ter uma nova disciplina: ‘História, Culturas e Democracia’. De acordo com o site da Direcção-geral de Educação, a disciplina, que se centra na história contemporânea, irá destinar-se a todos os cursos do ensino secundário com o objectivo de que os alunos interpretem o presente e problematizem temas da História recente.
João Costa, secretário de Estado da Educação disse, citado pela agência Lusa, que a criação desta disciplina surgiu em diálogo com professores de História.
“Esta oferta, que partiu do diálogo que temos mantido com os professores de História, é uma resposta à necessidade de valorização do conhecimento histórico e do património enquanto alicerces da identidade e da democracia. Além disto, estrutura-se de uma forma coerente com as finalidades previstas no Perfil dos Alunos: o desenvolvimento de espírito crítico e capacidade de interpretação da realidade sustentado em conhecimento”, afirmou.
De acordo com a nota da DGE, cada aluno deverá assim ter uma consciência histórica do mundo em que vivem para assumirem “uma posição informada, crítica e participativa na construção da sua identidade individual e colectiva, num quadro de referência humanista e democrática”.
As aprendizagens essenciais desta nova disciplina, desenvolvidas entre a Associação de Professores de História e a DGE, vão basear-se em quatro grandes temas: ‘A História faz-se com critério’; ‘Global e Local (‘Glocal) e Consciência Patrimonial’; ‘Passados Dolorosos na História’ e ‘História e tempo Presente’.
“As memórias individuais e colectivas devem ser valorizadas por constituírem contributos importantes para a compreensão de questões socialmente vivas. Assumir as heranças dolorosas pode e deve contribuir para o apaziguamento das relações sociais inerentes a uma cultura democrática”, refere a DGE.