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Amares e Chibuto formalizam geminação para estreitar laços

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A Câmara de Amares e o Município de Chibuto, em Moçambique, formalizaram esta quarta-feira a geminação entre os dois territórios, que visa estreitar laços entre as duas comunidades e nasce do trabalho voluntário desenvolvido pelo projecto “Missão Amar(es)” em solo moçambicano.

No momento da assinatura do protocolo, o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, garantiu que a autarquia estará «muito empenhada» neste processo de cooperação, garantindo «total disponibilidade» para apoiar Chibuto naquelas que são as suas principais necessidades.

«Não nos limitaremos a assinar um documento que depois será posto na gaveta. Faremos o que for possível para ajudar dentro das nossas capacidades», garantiu.

O autarca sublinhou a importância de «criar laços de amizade e de parceria», em ambos os sentidos, mostrando-se convicto de que os dois territórios «terão muito a ganhar» com esta geminação.

Essa foi, de resto, também a tónica do discurso do presidente do Conselho Municipal de Chibuto, Henrique Machava, para quem esta relação estabelecida com Amares é «um privilégio» e permite «sedimentar a irmandade» entre os dois países.

«Sentimo-nos muito orgulhosos por estar em Portugal, por falar a língua de Camões e por sermos membros da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa]. Em Portugal estamos em casa, porque somos parte de Portugal», frisou, lançando o repto a Manuel Moreira e aos responsáveis autárquicos para que possam visitar Chibuto em breve.

EROSÃO DOS SOLOS

Sublinhando a «esperança de que esta relação possa trazer ganhos mútuos», Henrique Machava disse que, além partilha de recursos, Chibuto «tem muito a ganhar com a aprendizagem e com as experiências» que pode levar de Amares.

«O nosso Município é muito afectado pelas alterações climáticas, nomeadamente a erosão dos solos, que é um dos grandes desafios. Esperamos que com o trabalho conjunto possamos criar sinergias que ajudem ambas as partes a ultrapassar as dificuldades que têm», frisou.

Oprofessor coordenador do “Missão Amar(es)”, Bernardino Silva, que ambos os autarcas consideraram ter sido fundamental para esta geminação, explicou que o «processo de cooperação assenta em várias áreas fundamentais, conforme as necessidades mais urgentes de Chibuto, de ordem técnica ou de outras».

«Numa primeira fase este acordo não visa tanto um investimento monetário, mas sim contribuir para uma das grandes preocupações de Chibuto que é precisamente a erosão dos solos, através de formação e ajuda técnica que permita, por exemplo, perceber onde será propício haver uma construção sólida», explicou.

Segundo Bernardino Silva, «esta parceria pode também fazer com que o Município de Amares concorra a fundos estruturais para ajudar Chibuto, uma vez que um Município pode angariar verbas para serem investidas num país com quem está geminado».

Situado na província de Gaza, em Moçambique, Chibuto tem uma extensão territorial de cerca de 221,3 quilómetros quadrados e mais de 81 mil habitantes, divididos em 22 bairros, o equivalente às freguesias portuguesas.

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