O compasso pascal da freguesia de Fiscal, em Amares, ficou, esta segunda-feira, marcado pela morte do Papa Francisco, recordado como “O Papa dos papas”, que revolucionou a Igreja e que ficará na História e nos corações.
“Hoje é uma Páscoa mais triste. Morreu o Papa que revolucionou a Igreja, que contribuiu com muita mudança para a religião. Este Papa, para mim, é o ‘Papa dos papas’ e vai ficar na História e nos nossos corações, nos corações de todo o mundo”, vaticinou Maria Cruz, 62 anos, em declarações à agência Lusa.
Gisela Ramos concorda com a mãe, acrescentando que Francisco é “O Papa”, que marcou as pessoas e o mundo. “Toda a gente ficou muito marcada por este Papa, pelas suas ideias, pela forma como conduziu a Igreja ao longo dos últimos anos. Acho que ele morreu em paz e que ontem [domingo] fez o que queria fazer: ainda conseguiu aparecer e rezar uma missa e ninguém se vai esquecer disso”, afirmou a jovem, de 32 anos.
Para João Silva, residente na Trofa, esta foi uma “Páscoa diferente, muito triste”. “Vimo-lo ainda ontem [domingo] em Roma a dar a bênção e hoje acordámos com a notícia da sua morte e ficámos muito tristes. Era uma voz muito ativa na Igreja e muito acarinhada por todos. Revolucionou muito a nossa Igreja, que estava um pouco fechada e parada no tempo”, afirmou João Silva.
Para a sua esposa, a morte de Francisco “é uma grande perda”, não só para a Igreja Católica, mas também para o mundo, que “respeitava e ouvia” o sumo pontífice. “Deixa-nos uma geração, uma Igreja mais moderna. Acho que este Papa vai ficar na História em relação a isso, porque tinha outra mente e acolhia todo o tipo de pessoas e de jovens, e todas as religiões. Toda a gente gostava e continuará a gostar, embora já não esteja cá, do nosso Santo Padre. A Igreja tem de ser mais moderna e cativar mais jovens. E ele cativou muitos jovens”, destacou Carla Alves, 52 anos.
Corroborando desta opinião, o marido lembrou a presença de Francisco na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, em 2023, que recebeu jovens “de todo o mundo”, numa união em torno de valores que o Papa defendia.
Ainda antes de embarcar na travessia que liga as duas margens do rio Homem, o padre de Fiscal, Tiago Barbosa, ainda teve tempo para expressar o seu lamento pela morte do Papa e o que Francisco deixa para o futuro. “O Papa Francisco deixa um legado de esperança, de proximidade, de caminhar. Ficamos tristes porque é uma partida e uma voz de referência e de esperança, mas, por outro lado, ele pôs a Igreja num caminho de peregrinação e de esperança, aberta a todos, todos, todos. Todos somos convidados”, afirmou à agência Lusa, lembrando as célebres palavras ditas por Francisco.