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‘Antifas’ de Braga e Barcelos juntam-se a manifestação contra a presença de Marine Le Pen em Portugal

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Os núcleos antifascistas de Braga e de Barcelos juntaram-se na manhã deste domingo às mais de duas centenas de pessoas que concentraram em Lisboa contra a presença em Portugal da líder da União Nacional francesa, Marine Le Pen, e na defesa da luta contra o fascismo e o racismo.

Aqueles dois colectivos ‘antifas’ minhotos associaram-se a um protesto, convocado pela Rede Unitária Antifascista (RUA), que juntou além de organizações antifascistas e antir-racistas, organizações de defesa dos direitos laborais, ecologistas, feministas e pelos direitos LGBTQIA+.

Os manifestantes, em representação de uma dezena de colectivos protestaram contra a presença da líder da União Nacional francesa, Marine Le Pen, na capital portuguesa, para o lançamento da campanha eleitoral do candidato presidencial do Chega, André Ventura, começou a meio da manhã no Largo Camões, em Lisboa.

Durante toda a manhã ouviram-se palavras de ordem e entoaram-se cânticos defendendo que “o país não permanecerá em silêncio face ao desfile da intolerância”.

Os manifestantes prometeram continuar a lutar por uma “sociedade livre de racismo e xenofobia, intolerância, discriminação, sexismo, homofobia e desigualdade”.

Na luta e no alerta contra a normalização da extrema-direita em Portugal feitos no Largo Camões em Lisboa, vários manifestantes lembraram o recente acordo, nos Açores, entre o Chega e o PSD.

O protesto foi pacífico e tentou respeitar as regras de segurança sanitária devido à pandemia de covid-19. O uso de máscara era generalizado, mas nem sempre se cumpriu o distanciamento físico.

No manifesto escrito para o protesto deste domingo recordou-se a frase de André Ventura em declarações ao Jornal de Notícias: “Será um orgulho enorme ter a Marine Le Pen ao meu lado em Lisboa”.

Os manifestantes recordaram declarações da líder da Frente Nacional, “a cara da extrema-direita francesa” e de um partido que tem como “prática comum” atacar imigrantes, refugiados e pessoas de várias raças.

Durante o protesto foi também recordado o ataque perpetrado pelo partido de Le Pen, em 2015, a um clube português no sudeste de Paris, com frases como “Morte aos portugueses. Viva a FN”.

Os protestantes criticaram ainda que o Chega use a campanha presidencial “para dar mais alcance aos seus ideais fascistas”.

“Impedir a normalização dos discursos populistas e fascistas que se aproveitam das desigualdades e do preconceito para enganar milhares de pessoas, virando trabalhadores contra trabalhadores”, foi outro dos motivos do protesto, onde a frase mais ouvida foi “Fascismo nunca mais. Não passarão”.

A campanha eleitoral para a Presidência da República arrancou este domingo e as eleições decorrem em 24 de Janeiro.

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