OPOSIÇÃO VOTOU CONTRA -

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Assembleia Municipal de Braga aprovou venda da Confiança

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O que resta da antiga fábrica Confiança, em São Victor, vai ser vendida. A  Assembleia Municipal de Braga aprovou esta madrugada a sua alienção, com os votos contra da oposição socialista, bloquista e comunista e sob contestação do público. 44 votos a favor e 29 contra.

O presidente da Junta de Freguesia de São Victor, Ricardo Silva, do PSD, foi um dos que votou contra.  Mas a sua oposição não tem o respaldo da Assembleia de Freguesia, onde a maioria aprovou a alienação da outrora fábrica de sabonetes.

O autarca de S. Vítor, onde se situa a antiga saboaria, votou contra a venda do complexo e expressou que “gostava de ter sido ouvido antes” da decisão tomada pelo executivo. Apelou, também, ao voto contrário dos outros autarcas de freguesia.

Antes da votação, no período aberto ao público, vários munícipes tecerem críticas à opção do executivo camarário, gerido por Ricardo Rio (coligação PSD/CDS).

Antes da discussão da agenda, o PS, a CDU e o BE apresentaram uma  recomendação para que fosse retirada, da ordem de trabalhos, a venda da Confiança e pedindo que o assunto fosse para a Comissão de Educação e Cultura. Pedido que foi rejeitado por 43 votos, uma abstenção e 30 a favor.

PATRIMÓNIO DEFENDIDO
Depois de ouvir as críticas dos municípes sobre a não-preservação do último exemplar do património industrial local, coube ao líder parlamentar da maioria, João Granja, a defesa da venda: “Dizer que este caderno não introduz condicionantes não é correto. Vejamos: terá que ser mantida a identidade da volumetria existente, é obrigatória a  preservação das três fachadas do edifício, há obrigatoriedade da integração da memória da chaminé, não se permite a instalação de lojas de comércio, deve ser mantida a forma e o desenho das coberturas, e há, ainda, a obrigatoriedade de criação de áreas ou espaços que evoquem a memoria da fábrica”, afirmou João Granja.

Segundo o deputado, a venda trará uma nova era: “vamos passar a uma nova fase da vida da Confiança, ficando claro que esta será uma forma de salvaguardar a memória e o património”.

Do lado da oposição as críticas passaram por adjetivos como os de “oportunismo politico”, e “cambalhotas”, isto porque que o presidente da câmara, Ricardo Rio, foi um dos defensores da expropriação da Confiança, em 2011, a favor da autarquia.
“Assistimos ao enterro da credibilidade de Ricardo Rio”, lamentou o deputado socialista Eduardo Gouveia.

“UNILATERAL”
Bárbara Seco, da CDU, lamentou a “decisão unilateral” da coligação que “deixa pelo caminho todos os que se juntaram para pensar no futuro de Braga”. Em sua opinião, “o que está em causa é o fechar as portas às inúmeras possibilidades que a cidade podia encontrar para aquele espaço”.

Já o deputado municipal do BE, António Lima, declarou que “o executivo  camarário que votou o edifício ao abandono”, mas lembrou que “as associações culturais querem lá estar, ocupar o espaço, fizeram essa  proposta antes das eleições e o senhor presidente da câmara fugiu”.

com Luís Moreira (CP 8078)

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