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Associação comercial de Guimarães indignada com apoio de ‘míseros’ 7 mil euros a ‘maravilhoso espectáculo’

A ACTG – Associação do Comércio Tradicional de Guimarães diz estar “estupefacta e indignada” com a falta de apoio da Câmara, que a acusa de não cumprir a promessa de promover o comércio de rua.

“É inconcebível que esta associação tenha ficado endividada por realizar uma actividade, ‘Sonho, Logo Existo’, que tinha a garantia deste município de que seria totalmente apoiada, especialmente considerando o sucesso retumbante do ano passado”, lê-se em carta que associação enviou ao presidente da autarquia, Domingos Bragança.

Apesar do “maravilhoso espectáculo”, a associação refere que “com as contas para pagar”, já que o apoio foi de “míseros” 7 mil euros. Ora, a ACTG considerada a verba “insuficiente até mesmo para cobrir os custos do sistema de som e luz. Além disso, essa quantia ainda não foi recebida, apesar dos reiterados pedidos para que o pagamento fosse efectuado”.

“É chocante ver o evento Sunset Praça receber 18.000€”, considerada “uma actividade que promove o consumo exagerado de álcool. Agora, vemos 47.000€ destinados ao ‘Entre Palcos’ e questionamo-nos o motivo de tamanha disparidade”.

“VERGONHOSO”

A ACTG refere que no âmbito da organização da iniciativa ‘Sonho, Logo Existo’ a “nossa associação teve que andar a pedir por todos os lados cadeiras, e as grades só nos foram emprestadas quando dissemos que iríamos pedir as mesmas ao município de Vizela, pois o município de Guimarães nada tinha para nos emprestar”.

Na carta,  diz ser “vergonhoso” ter que andar a pedir a outras instituições ajuda para o transporte para as mesmas cadeiras.

Na mesma carta a ACTG questiona se a “discrepância de apoios” se deve ao facto da ACTG “não ser subserviente”.

A associação diz que à outra associação comercial, a Associação Vimaranense de Hotelaria, já foram entregues cerca de 70 mil euros para actividades, enquanto que para eventos promovidos pela ACTG “nunca há verbas nem autorizações”.

A terminar, a ACTG diz aguardar um “esclarecimento imediato” sobre a situação, considerando um “imperativo” que Domingos Bragança “reavalie a distribuição dos apoios às actividades culturais, visando maior justiça e reconhecimento dos projectos que realmente beneficiam a nossa comunidade”.

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