A ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave vai promover no território que abrange a produção de 50 hectares de limão, anunciou ao jornal “O Amarense” o presidente daquela entidade.
Cobrindo os concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde, segundo José da Mota Alves, esta aposta deve-se ao aumento do consumo e da procura desta fruta cítrica.
A associação espera ter no futuro no seu território 50 hectares de limão, já que o consumo tem aumentado. A qualidade «é uma das condições para o sucesso das explorações».
Mota Alves considera que se trata de uma aposta de peso para um território cuja sua agricultura de minifúndio «é quase sempre esquecida», apesar de contribuir «imenso» para a sustentabilidade e «manutenção de vida humana nas freguesias rurais».
Contudo, alerta, a introdução desta nova cultura exige muita mão-de-obra, muito apoio técnico. Todavia, permite uma «maior rentabilidade da exploração agrícola».
O dirigente associativo sustenta que a vinha, o kiwi, a maçã porta da loja e o cidrão são «produção interessantes» que merecem uma «atenção especial dos agricultores», podendo ser também uma alternativa às produções tradicionais nos seis concelhos que, a par dos pequenos frutos, «são mais rentáveis».
Mota Aves recorda que a ATAHCA, conjuntamente com a Rede de Produtores de Pequenos Frutos da Região Norte, organizou, já em Março de 2012, um seminário sobre pequenos frutos, que resultou no surgimento de um conjunto de investimento em plantações, principalmente de mirtilos, que «mudaram a política do aproveitamento da terra neste território».
«Hoje temos em Vila Verde mais de 80 hectares de mirtilos a produzir e no território do Cávado deve ultrapassar os 150 hectares», aponta.
Recorda ainda que no Parque Empresarial de Gême, em Vila Verde, estão localizadas duas unidades de processamento de mirtilos (Green Factor e Minho Berrycoop), que «garantem o escoamento do fruto, desde que respeitem os parâmetros definidos por cada uma destas unidades».
A pecuária também não pode ser «descurada», em particular as raças autóctones: as quatro raças de galinhas portuguesas, os bovinos de raça barrosã e galega ou minhota, os ovinos de raça bordaleira e churra minhota e os caprinos.
Entrevista completa ao presidente da ATAHCA na edição impressa de Janeiro, já nas bancas.