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Atualizar abril e reformular os cravos

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Opinião de Marco Alves

 

Fazia um bom par de anos que não assistia às comemorações do 25 de abril de 1974. Este ano surgiu oportunidade para estar presente nos Paços do Concelho de Amares. Fiquei um pouco desiludido, em primeiro lugar, por continuar a ver que a sede do município continua com aspeto degradante, deslavado e desleixado. Em segundo lugar, pela fraca afluência de público residente no concelho para saudar a corporação dos bombeiros, cruz vermelha, militares da GNR e ex-combatentes, que tanto deram e continuam a dar, com muito sofrimento, sacrifício, dor e lágrimas às funções primordiais de vida numa sociedade.

A um ano de fazer meio-século da revolução dos cravos, “outrora” dia da liberdade, este ano foi claramente um ano atípico para a comemoração. Aproveitar o feriado e o bom tempo para dar um passeio com a família já é uma prática habitual, o que não é normal foi convidar o chefe de Estado do Brasil para estar presente nas comemorações. Sem dúvida, havia outras datas para receber Lula da Silva. Podemos de alguma forma pressentir que a escolha foi propositada. Efetivamente, a instabilidade política está ao rubro e a vinda de Lula a Portugal poderá ser usada como uma espécie de purga. Além disso, falta saber se nas próximas eleições presidenciais teremos uma réplica do que aconteceu no Brasil.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que não dissolve a Assembleia da República este ano, mas já avisou Costa que a maioria não é segura se a degradação do governo continuar e poderemos ter novas eleições legislativas logo a seguir às europeias. Será assim tanto tempo à espera?

Existe uma sensação permanente de que os portugueses estão completamente desinteressados na política, na possível dissolução da AR ou nas datas que isso possa ocorrer. Estão sim preocupados e sonham com uma liberdade de novos tempos. Não a de expressão, mas sim a que possa construir vida digna, com qualidade e imperecível.

De que servem os cravos quando o país tem dois milhões de pobres e outros tantos em risco de pobreza? De que serve “Grândola Vila Morena” quando milhares de portugueses não têm acesso a habitação condigna? De que servem as visitas do chefe de Estado quando milhares de portugueses têm salários miseráveis? De que serve pagarmos altas taxas de impostos quando continuamos com saúde e educação deficiente?

Terá na sua essência a IA (Inteligência Artificial), de forma independente, precisa e apoiada em dados fidedignos, a capacidade de resolver todas as questões anteriores?

“A criação bem-sucedida da inteligência artificial seria o maior evento na história da humanidade. Infelizmente, também pode ser o último, a menos que aprendamos a evitar os riscos”.

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