Os casos de maternidade tardia estão a aumentar em Portugal. Em 2024, nasceram 49 bebés de mães com mais de 50 anos, representando um aumento de oito vezes quanto aos seis casos registados em 2003. O adiamento da idade da gravidez é um dos temas de destaque nas “Estatísticas dos Partos” reveladas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O estudo do INE, divulgado esta quarta-feira, dia 18 de junho, aponta que, em 2024, a faixa etária com maior número de nascimentos foi a das mulheres entre os 30 e os 34 anos, representando um terço do total de partos. A proporção de partos de mães entre os 35 e os 39 anos cresceu significativamente, passando de 14% em 2003 para 24% em 2024. Assim, um quarto dos bebés nascidos no ano passado tem uma mãe nesta faixa etária, superando os nascimentos de mães entre os 20 e os 24 anos. O relatório aponta a ocorrência de 20 partos de mães com idades entre os 10 e os 14 anos em 2024.
As cesarianas continuam a subir, sendo 37% dos partos hospitalares em 2023, ou seja, mais de um terço do total. Nos hospitais públicos, 30% dos partos foram por cesariana, enquanto nos privados, a taxa é de 81,5%, que incluíram cesariana ou o uso de instrumentos de apoio como fórceps e ventosas.
O aumento da idade das mães reflete-se no número de nascimentos de gémeos. Quatro em cada dez (40%) «partos gemelares ocorridos em 2024 respeitavam a mães com 35 ou mais anos», refere o estudo, comparado com 32% nos partos simples para as mesmas idades.
Ainda assim, o número total de partos em Portugal registou uma queda em 2024, face a 2023.
Com Jornal de Notícias
