Autarca da Ponte da Barca considera «inaceitável» silêncio das autoridades face a contaminação do rio Lima na Galiza

O presidente da Câmara de Ponte da Barca manifestou «forte preocupação» com a contaminação das águas do rio Lima por resíduos provenientes de pecuária intensiva, nomeadamente cianobactérias, denunciada pela comunicação social. Augusto Marinho diz que o silencio da Agência Portuguesa do Ambiente «inaceitável».

Com origem na Galiza, o problema ambiental levou já ao encerramento da praia fluvial galega de Porto Quintela, em Bande, levantando-se, agora, questões, sobre os potenciais impactos no lado português do rio.

Face a estas notícias, Augusto Marinho contactou a Águas do Norte SA, empresa responsável pela captação e fornecimento de água ao município. Em comunicado, o autarca adianta que a empresa garantiu que, de momento, a qualidade da água fornecida para consumo público em Ponte da Barca não está comprometida.

Autarca pediu também um esclarecimento «urgente» da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre a qualidade das águas e os possíveis impactos da contaminação verificada em território espanhol.

O autarca social-democrata lamenta a falta de informação prévia por parte das autoridades portuguesas aos municípios afetados. Considera mesmo a postura da APA «inaceitável» face à relevância do problema

Sublinha ainda a importância de uma maior colaboração e cooperação institucional entre a APA e o município de Ponte da Barca, especialmente dado que este é o único município português com uma área balnear no rio Lima.

Entretanto, o caso chegou aos tribunais galegos pelas mãos de várias associações que processam a Junta da Galiza, por deficiente gestão da barragem de As Conchas.

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