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OPINIÃO -
“Juntos Salvemos Vidas – Higienize as Suas Mãos”

É este o slogan da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos, a 5 de maio de 2023, com o objetivo de melhorar as boas práticas no que diz respeito à higiene das mãos.

A importância de lavar as mãos vai muito além de um simples gesto de as manter limpas. Esse hábito previne doenças e até mesmo salvar vidas.

Usamos as mãos praticamente para tudo que fazemos e a pele é um reservatório de diversos microorganismos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o simples ato de lavar as mãos reduz em até 40% o risco de contrair doenças como gripe, diarreia, infeção gástrica, conjuntivite e dor de garganta, entre outras.

Pelo contato direto (pele com pele) ou indireto (toque em objetos e superfícies contaminadas), esses microrganismos podem transferir -se de uma superfície para outra.

As mãos são um veículo eficiente para a transmissão de infeções víricas e bacterianas.

A higiene das mãos salva milhões de vidas todos os anos quando realizada nos momentos certos durante a prestação de cuidados de saúde. É também um investimento inteligente que oferece um retorno excecional por cada euro investido. Os cuidados limpos é um sinal de respeito a quem procura atendimento e protege a saúde e os demais trabalhadores que prestam esse atendimento.

O que precisa de saber sobre as melhores práticas de higiene das mãos?

Quando lavar as mãos:

Antes de comer ou manusear os alimentos;

Após ter utilizado a casa de banho;

Após assoar o nariz, tossir ou espirrar;

Após tocar em animais ou nos seus dejetos;

Após manusear resíduos;

Após mudar fraldas;

Antes e após tocar em pessoas doentes ou feridas;

Antes e após entrar em locais públicos (lembrar que também estão disponíveis soluções-alcoólicas para as mãos como alternativa).

Que produto utilizar para a higiene das mãos? Durante quanto tempo?

Em geral, a higienização com sabonete líquido remove os microrganismos transitórios, tornando as mãos limpas. O sabão comum é eficaz na inativação de vírus como o que provoca a COVID-19 devido à membrana da superfície oleosa que é dissolvida por sabão, matando o vírus. Além disso, a lavagem das mãos remove os germes por meio mecânico

Porém, a eficácia da higienização simples das mãos, com água e sabonete, depende da técnica e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente está estimado entre 40 a 60 segundos.

Se as mãos não estiverem visivelmente sujas utilize uma solução à base de álcool como meio preferencial para uma higienização antissética rotineira das mãos. É a forma mais rápida e eficaz de o fazer.

Os desinfetantes à base de álcool, agora comuns nas nossas casas, são mais práticos: atualmente andamos com frascos no carro, dentro das malas, em qualquer local, para que estejam à mão sempre que seja necessário.

Os produtos para esfregar as mãos à base de álcool devem conter pelo menos 60% álcool, e devem ser certificados seguindo cuidadosamente as orientações do fabricante e da Direção Geral da Saúde. O tempo gasto durante o procedimento deve demorar entre 20 a 30 segundos.

Se tem crianças, não se esqueça:

É fundamental que as crianças saibam os benefícios e a importância da correcta lavagem das mãos. Encorajá-las a lavar as mãos na altura certa vai ajudar a garantir que esta prática se mantenha um hábito ao longo da sua vida.

É preferível que lavem as mãos com água e sabão. Ensine-as e explique-lhes, de forma adequada à sua idade, por que o devem fazer.

Se for necessário higienizar-lhe as mãos com desinfetantes à base de álcool não as deixe sozinhas enquanto o fazem.

Manter as mãos limpas é um dos mais importantes passos com que possamos contribuir TODOS na promoção da saúde de TODOS!

 

Fonte: Diretrizes da OMS sobre Higiene das Mãos em Cuidados de Saúde.

OPINIÃO -
Dia Mundial da Saúde Oral – 20 março 

A 20 de Março comemora-se o Dia Mundial da Saúde Oral, uma iniciativa da World Dental Federation. As doenças orais encontram-se entre as doenças crónicas mais comuns a nível mundial. Noventa por cento da população mundial está em risco de algum tipo de distúrbio a nível oral, desde lesões de cárie a doenças peridontais a cancro oral.

A nível da população infantil e juvenil, as doenças orais constituem um dos principais problemas de saúde. Para as famílias, é relevante o impacto socioeconómico devido ao custo do tratamento. A cárie dentária (destruição progressiva da estrutura dentária) e a doença periodontal (destruição dos tecidos que ligam o dente ao osso) são as doenças bacterianas mais frequentes na cavidade oral.

A colonização das bactérias pode ocorrer numa fase muito precoce da vida, por isso a higienização oral (escovagem) deve ter início antes da erupção dos primeiros dentes passando a sua frequência para duas vezes por dia (pelo menos) após a erupção dos primeiros dentes.

Uma boca saudável é fundamental para a saúde em geral. Lábios cuidados, dentição completa, gengiva, ossos sãos e uma oclusão equilibrada permitem uma boa estética e boas funções de fonação, mastigação e mímica facial.

Face à necessidade de aumentar o número de crianças livres de cárie aos 6 anos e efetuar o tratamento das lesões de cárie existentes, o mais precocemente possível o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral da DGS, através da Norma nº 001/2022 de 24/02/2022 vem implementar uma nova estratégia em saúde infantil que permite antecipar a intervenção, criando uma coorte aos 4 anos, cuja estratégia de intervenção é a seguinte:

As crianças que até 31 de dezembro de cada ano perfazem os 4 anos, podem ter acesso a uma referenciação para higienista oral ou a cheque-dentista, para tratamentos preventivos e curativos emitida pelo médico de família na consulta de saúde infantil e juvenil no Centro de Saúde – Unidade de saúde onde se encontra inscrito.

O médico de família do SNS, para as crianças que não apresentarem lesões de cárie em dentes decíduos (primeiros dentes) e nos locais que disponha de higienista oral procede à emissão de uma referenciação para a consulta do higienista oral (fig. 3). Nessa consulta o profissional de saúde, para além do ensino e reforço das questões relacionadas com a higiene oral e alimentação, deverá proceder à aplicação de selantes de fissuras em molares decíduos e vernizes de flúor nas superfícies lisas.

Na consulta de higiene oral caso seja detetada lesão de cárie em dentes decíduos, o higienista oral deverá dar ao assistente técnico indicação para a emissão de um cheque dentista.

Vamos unir-nos para sensibilizar, melhorar a educação e estimular a ação pessoal e coletiva sobre a importância da saúde oral! 

 Assim, solicitamos a todos que colaborem para ajudar a acabar com este problema que é a cárie dentária e ter uma boa saúde oral.

Informe-se junto da sua Unidade de Saúde.

 

Fonte

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral Estratégia dos 2 aos 6 anos / SOCJ 4 anos

OPINIÃO -
“Segundos Salvam Vidas – Higienize as Suas Mãos” 

É este o slogan da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos, a 5 de maio de 2021, com o objetivo de melhorar as boas práticas nos cuidados de saúde das populações.

No contexto de pandemia como aquele que se vive atualmente, a higiene das mãos tem um papel especialmente relevante. A correta e frequente higienização das mãos, em ambiente social e profissional, através de lavagem com água e sabão ou fricção com solução antisséptica de base alcoólica, é uma das medidas basilares para a mitigação da pandemia de COVID-19.

O vírus SARS-CoV-2 transmite-se principalmente por meio de gotículas e transmissão de contacto. Os meios de transmissão dão-se através do contacto direto com pessoas infetadas e / ou objetos ou superfícies contaminados. Assim, as mãos podem espalhar o vírus a outras superfícies e / ou à boca, nariz ou olhos se depois forem tocados.

Evidências em epidemias anteriores demonstraram que lavar as mãos é altamente eficaz para prevenir quer doenças diarreicas quer doenças respiratórias. Assim, lavar as mãos é considerado uma das medidas importantes para prevenir as infeções na Comunidade. 

O que precisa de saber sobre as melhores práticas de higiene das mãos?

Quando lavar as mãos:

Lavar as mãos deve fazer parte da rotina de todos nós, especialmente:

 Antes de comer ou manusear os alimentos;

 Após ter utilizado a casa de banho;

 Após assoar o nariz, tossir ou espirrar;

 Após tocar em animais ou nos seus dejetos;

 Após manusear resíduos;

 Após mudar fraldas;

Antes e após tocar em pessoas doentes ou feridas;

 Antes e após entrar em locais públicos (lembrar que também estão disponíveis soluções-alcoólicas para as mãos como alternativa).

Que produto utilizar para a higiene das mãos? Durante quanto tempo?

Em geral, a higienização com sabonete líquido remove a macrobiota transitória, tornando as mãos limpas. O sabão comum é eficaz na inativação de vírus envelopados, como o Vírus que provoca a COVID-19 devido à membrana da superfície oleosa que é dissolvida por sabão, matando o vírus (Sickbert-Bennett EE et al, “Am J Infect Control”2005). Além disso, a lavagem das mãos remove os germes por meio mecânico (Diretrizes da OMS sobre Higiene das Mãos em Cuidados de Saúde). 

Porém, a eficácia da higienização simples das mãos, com água e sabonete, depende da técnica e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente está estimado entre 40 a 60 segundos.

Se as mãos não estiverem visivelmente sujas utilize uma solução à base de álcool como meio preferencial para uma higienização antissética rotineira das mãos. É a forma mais rápida e eficaz de o fazer.

Os desinfetantes à base de álcool, agora comuns nas nossas casas, são mais práticos: atualmente andamos com frascos no carro, dentro das malas, em qualquer local, para que estejam à mão sempre que seja preciso.

Os produtos para esfregar as mãos à base de álcool devem conter pelo menos 60% álcool, e devem ser certificados seguindo cuidadosamente as orientações do fabricante e da Direção Geral da Saúde. O tempo gasto durante o procedimento que normalmente deve demorar entre 20 a 30 segundos. 

Os desinfetantes à base de álcool são irritantes para as mucosas, por exemplo dos olhos, nariz e boca. Assim, sempre que higienizar as mãos com um desinfetante à base de álcool é necessário que estas fiquem bem secas antes de tocar na cara ou em qualquer outra parte do corpo ou objeto. Para aumentar a eficácia do desinfetante deve aplicá-lo com movimentos de fricção até ter as mãos bem secas. Para minimizar os efeitos de agressão da pele provocados por estes desinfetantes, hidrate as mãos com um creme adequado.

Se tem crianças, não se esqueça:

É fundamental que as crianças saibam os benefícios e a importância da correcta lavagem das mãos. Encorajá-las a lavar as mãos na altura certa vai ajudar a garantir que esta prática se mantenha um hábito ao longo da sua vida.

É preferível que lavem as mãos com água e sabão. Ensine-as e explique-lhes, de forma adequada à sua idade, por que o devem fazer.

Se for necessário higienizar-lhe as mãos com desinfetantes à base de álcool não as deixe sozinhas enquanto o fazem.

Manter as mãos limpas é um dos mais importantes passos com que pudemos contribuir TODOS na promoção da saúde de TODOS!

Seja um agente da Saúde Pública!

OPINIÃO - -
Vacinação contra a gripe: A arma preventiva mais eficaz!

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe afeta cerca de 3 a 5 milhões de pessoas por ano. Estes vírus estão na origem de centenas de milhares de mortes derivadas de problemas respiratórios. Uma das melhores formas de prevenir esta doença aguda viral é a toma da vacina. E ainda que não faça parte do Plano Nacional de Vacinação, a vacina está disponível desde o dia 14 de outubro, como informa o Serviço Nacional de Saúde.

Apesar das frequentes recomendações para a toma da vacina da gripe, assim como as provas da sua efetividade preventiva, ainda subsistem alguns mitos que devem ser esclarecidos. Conheça os mais frequentes, assim como os factos que os contrariam:

  1. Tomar a vacina provoca gripe

Essa ideia é completamente errada, uma vez que a vacina contém apenas o vírus morto, portanto incapaz de provocar a doença. Os efeitos adversos que se conhecem são a possibilidade de o braço inchar ou a temperatura aumentar ligeiramente. Existem também casos de pessoas que sentiram dores musculares nos dias seguintes à toma da vacina.

  1. Na gravidez, pode prejudicar o bebé

Pelo contrário. É mesmo muito importante a vacinação das grávidas, pois quando a mãe é vacinada o bebé também fica protegido. (a partir do terceiro mês de gestação)

  1. Basta apenas tomar a vacina uma vez para nunca mais ter gripe

Como o vírus da gripe sofre constantes mutações, o efeito da vacina tem uma validade de apenas 12 meses. É por essa razão que a composição das vacinas é renovada a cada ano para acompanhar as transformações do vírus.

  1. A vacina da gripe não é segura

Testada e aprovada pela OMS, a vacina da gripe não só ajuda a prevenir a prevalência da doença como também a minimizar as suas complicações. Por ser uma doença altamente contagiosa, basta uma pessoa doente para contaminar o ambiente. Ao impedi-lo, esta vacina previne quadros de epidemia.

  1. Não existe uma altura ideal para se vacinar

. A vacina deve ser administrada durante o outono/inverno, de preferência até ao fim do ano civil. Em Portugal, este ano é possível desde 14 de outubro.

  1. Quem nunca teve gripe não precisa de tomar a vacina

Durante a vida, a grande maioria das pessoas vai ter um ou mais episódios de gripe. Deste modo, a sua toma é a melhor forma de prevenção.

  1. Tomar vários anos consecutivos enfraquece o sistema imunitário

A toma anual desta vacina confere uma maior imunidade quando comparado com quem nunca a tomou. Esse hábito é recomendável devido às mutações do vírus.

  1. Não se deve tomar caso tenha alergias

Não existe qualquer contra-indicação na toma da vacina da gripe em pessoas com alergias. No entanto, caso tenha registado alguma reação à toma desta vacina anteriormente, deve consultar a sua equipa de saúde antes de o voltar a fazer.

Como ter acesso à vacina da gripe?

As vacinas disponíveis em Portugal este ano são, pela primeira vez, tetravalentes. Ou seja, incluem 4 tipos de vírus da gripe, esperando-se maior abrangência em relação às vacinas trivalentes, anteriormente utilizadas.

Algumas pessoas têm direito gratuitamente à vacina da gripe, disponibilizada no Serviço Nacional de Saúde, sem necessidade de receita médica. Para a receberem basta dirigirem-se aos centros de saúde. Beneficiam desta medida:

Residentes em instituições, incluindo Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Lares de Apoio, Lares Residenciais e Centros de Acolhimento Temporário

– Doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

– Pessoas apoiadas no domicílio pelos Serviços de Apoio Domiciliário, com acordo de cooperação com a Segurança Social ou Misericórdias Portuguesas

– Doentes apoiados no domicílio pelas equipas de enfermagem das unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde ou com apoio domiciliário dos hospitais do SNS

– Doentes internados em unidades de saúde de ACES ou em hospitais do Serviço Nacional de Saúde, que apresentem patologias crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina (Quadro II). Os doentes poderão ser vacinados durante o internamento ou à data da alta

– Reclusos em estabelecimentos prisionais

– Pessoas com as seguintes patologias crónicas ou condições:

– Diabetes Mellitus

– Terapêutica de substituição renal crónica (diálise)

– Trissomia 21

– A aguardar transplante de células precursoras hematopoiéticas ou de órgãos sólidos

– Submetidas a transplante de células precursoras hematopoiéticas ou de órgãos sólidos

– Sob quimioterapia

– Fibrose quística

– Défice de alfa-1 antitripsina sob terapêutica de substituição

– Patologia do interstício pulmonar sob terapêutica imunosupressora

– Doença crónica com comprometimento da função respiratória, da eliminação de secreções ou com risco aumentado de aspiração de secreções

– Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

– Profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e

– Bombeiros com contacto direto com as pessoas consideradas nas alíneas anteriores

– Guardas prisionais

Seguras e eficazes, as vacinas podem ter reações adversas que são localizadas e transitórias. Dor, vermelhidão e ligeiro inchaço no local da picada são os principais efeitos secundários. Também podem causar dores de cabeça e febre. Estes problemas desaparecem passado pouco tempo.

OPINIÃO - -
É já no dia 24 de Março que se celebra o Dia Mundial da Tuberculose!

A estratégia de controlo e eliminação da tuberculose na comunidade tem como pilares fundamentais o diagnóstico e o tratamento precoces dos doentes, a terapêutica sob observação, o rastreio de contactos, o rastreio ativo de grupos de risco, a quimioprofilaxia e as medidas de controlo de infeção associada aos cuidados de saúde.

TUBERCULOSE E VACINAÇÃO CONTRA BCG

A vacina BCG contra a tuberculose, apenas previne as formas graves de doença, nomeadamente a tuberculose miliar e meníngea. Na prevenção da infeção disseminada na criança, incluindo meningite tuberculosa, a eficácia da vacina BCG pode atingir os 80%.

A vacinação universal com BCG está formalmente indicada em países com elevada incidência de tuberculose (≥40/100.000 habitantes) e com difícil acesso da população ao diagnóstico, tratamento e quimioprofilaxia.

A OMS e a UNICEF recomendam que países com baixa incidência e que cumpram os critérios de controlo da tuberculose adotem uma estratégia de vacinação de grupos de risco.

Em Portugal, os indicadores associados à tuberculose têm melhorado consistentemente nos últimos anos. Em 2014 a incidência da doença foi de 20/100.000 habitantes, tendência que se mantém em 2015, e a incidência anual de meningite tuberculosa, em crianças com menos de 5 anos de idade, foi inferior a 1:10.000.000 habitantes, nos últimos 5 anos, valores limiares para que o País seja considerado de baixa incidência. No ACeS Cávado II Gerês Cabreira, no ano 2016, a taxa de incidência de tuberculose, de qualquer localização, é de 20,8 casos por 100.000 habitantes (Diagnostico Saúde do ACeS). A taxa de incidência, nos últimos anos, é inferior à da Região Norte e Portugal.

Existe ainda um bom nível de prestação de cuidados de saúde a toda a população e está implementado um Programa Nacional para a Tuberculose.

A estratégia mais adequada à situação nacional atual e que não implica risco acrescido para a saúde pública é a vacinação de crianças pertencentes a grupos de risco, dado que são quem beneficia, individualmente, com a vacinação. População alvo – pertencentes ao grupo de risco.

Quadro 1 : Crianças de idade inferior a 6 anos, elegíveis para vacinação com BCG – Grupos de risco
Crianças sem registo de BCG/ sem cicatriz vacinal e… Situações abrangidas:
…provenientes de países com elevada incidência de tuberculose ·   Países de incidência TB

·   Estadia de pelo  menos 3 meses

…que terminaram o processo de rastreio de contactos e/ou esquema de profilaxia ·   A avaliar pelas Unidades de Saúde Pública em articulação com os Coordenadores Regionais do Programa Nacional para a Tuberculose (PNT) e Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDP)
…cujos pais, outros coabitantes ou conviventes apresentem ·   Infeção VIH/SIDA, após exclusão de infeção VIH na criança, se mãe VIH positivo

·   Dependência de álcool ou de drogas

·   Naturalidade de país com elevada incidência de TB

·   Antecedentes de tuberculose

… pertencentes a comunidades com risco elevado de tuberculose ·   A avaliar pelas Unidades de Saúde Pública em articulação com os Coordenadores Regionais do Programa Nacional para a Tuberculose e CDP
…viajantes para países com elevada incidência de tuberculose ·  Estadia de, pelo menos, 3 meses

·  Pode ser ponderada a vacinação para estadias mais curtas, se for considerado um elevado risco de infeção

A identificação das crianças para vacinação, pode ocorrer em:

– Unidades funcionais (USP, USF, UCSP e UCC)

– Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDP)

– Maternidades públicas e privadas (recém-nascidos)

– Consultas hospitalares de VIH/SIDA e de tuberculose

– Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

– CRI – Centros de Respostas Integradas

– Consultas de Medicina do Viajante (CMV) e Centros de Vacinação Internacional (CVI)

– Outras instituições do setor público, privado ou social

São os profissionais de saúde que identifiquem as crianças elegíveis para vacinação e, a vacinação decorre, preferencialmente, em unidades de saúde dos Cuidados de Saúde Primários (ACES ou ULS).

Para mais informações sobre os países de incidência de tuberculose e outras informações, aconselhe-se junto do médico/ a ou enfermeiro /a da sua Unidade Saúde. Ou consulte a Norma da Direção Geral da Saúde com o número 006/2016 de 29/06/2016.

Fonte: Norma da Direção Geral da Saúde com o número 006/2016 de 29/06/2016

DGS – Tuberculose em Portugal Desafios e Estratégias 2018

Vacina da Gripe.?! Porque sim!

Chama-se Influenza o vírus da gripe, um vírus que nos incomoda todos os Invernos. Agressivo e dissimulado, muda de cara a cada estação fria. Nem sempre lhe damos a devida importância, habituados que estamos aos males do Inverno.

A gripe pode ter consequências mais sérias do que tosse e os espirros, as dores de corpo e a febre. A Pneumonia é uma das suas consequências mais graves.

Tempos houve em que a gripe matava mais que a guerra! A gripe Pandémica, foi exemplo disso, que, embora prevista, pregou alguns sustos, pois este vírus Influenza é extremamente agressivo. Esta agressividade advém da sua capacidade de mutação a da facilidade com que se propaga: com o frio, emerge uma estirpe nova, diferente da anterior e que, portanto, apanha a pessoa desprevenida.

Basta uma tosse, um espirro, ou até falar muito próximo de outras pessoas para que as gotículas de saliva sejam expelidas e entrem no aparelho respiratório de outra pessoa. Como se não bastasse, o período de incubação é diminuto – um a quatro dias.

Somando todos estes factores, o panorama torna-se preocupante: é que uma só pessoa pode infectar, num curto espaço de tempo muitas outras pessoas suscetíveis.

Os sintomas quando surgem, fazem-no sem aviso prévio: subitamente começam os arrepios, depois a febre alta, as dores musculares e de cabeça; só mais tarde aparecem as queixas respiratórias, como a tosse, a garganta irritada e dorida, o nariz congestionado ou a pingar, e os olhos lacrimejantes. Apesar de ser uma infecção respiratória, a gripe afecta todo o corpo como um todo, deixando o doente debilitado.

Segundo a Orientação da Direcção Geral da Saúde, a vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os grupos prioritários,

– Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos

– Doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade

– Grávidas

– Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados ( como os bombeiros).

 

A vacina contra a gripe é fortemente recomendada e gratuita, no Serviço Nacional de Saúde, para:

– Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;

– Pessoas, com mais de 6 meses de idade, nos seguintes contextos:

  • Residentes em instituições, incluindo Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Lares de Apoio, Lares Residenciais e Centros de Acolhimento Temporário
  • Doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
  • Pessoas apoiadas no domicílio pelos Serviços de Apoio Domiciliário com acordo de cooperação com a Segurança Social ou Misericórdias Portuguesas
  • Doentes apoiados no domicílio pelas equipas de enfermagem das unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde ou com apoio domiciliário dos hospitais
  • Doentes internados em unidades de saúde de ACES ou em hospitais do Serviço Nacional de Saúde que apresentem patologias crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina.
  • Estabelecimentos prisionais: Guardas prisionais e reclusos
  • Pessoas, com mais de 6 meses de idade, com patologias crónicas.

 

Além dos grupos prioritários, aconselha-se também a vacinação às pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos.

A vacina contra a gripe pode ser administrada durante todo o outono/inverno, de preferência até ao fim do ano civil, e para as pessoas para a qual é  gratuita, está disponível nos Centros de Saúde, não necessitando de receita médica ou guia de tratamento para ser administrada.

Vacine-se! As vacinas salvam vidas!

 

Para mais informações consultar a

Direcção Geral de Saúde em www.dgs.pt

Maria do Céu Morais – Enfermeira de Saúde Comunitária Unidade de Saúde Publica -ACES Cavado II Gerês/Cabreira