«O que está em causa aqui, já não é protesto ou pressão, é mesmo falta de alternativa». É esta a reacção da Administração da Bracicla às mais recentes declarações do Presidente da Câmara de Amares sobre o acesso à empresa. Num comunicado enviado à redacção do Jornal O Amarense, a Administração pergunta ainda: «como é possível, decorridos quase quatro meses, que se volte atrás em tudo que foi dito e como é possível que o executivo aprove um protocolo sem que esteja garantido o entendimento com os proprietários dos terrenos?» Mas as críticas não se ficam por aqui.
Sobre o estacionamento dos camiões em frente ao edifício municipal, a Bracicla começa por dizer que «a Bracicla tem instalações, das melhores do país na sua área de actividade, e não necessitaria de aparcar na rua se não visse vedado o livre acesso às mesmas, pela mesma Autarquia que as licenciou. Certo é que a empresa não vai aparcar as viaturas num descampado, sem vigilância, sujeitas a roubo e vandalismo, conforme única solução proposta pela autarquia».
E não descarta «imputar os custos» de uma nova solução à própria autarquia. «Se a Autarquia avançar com a proibição de estacionamento de veículos pesados em frente ao edifício municipal, a Bracicla certamente encontrará nova alternativa, desta feita com custos associados, que posteriormente imputará à Autarquia».
Quanto aos moradores Bairro de Guiames, que a Bracicla diz «respeitar», «são vítimas da incapacidade do município de lidar com uma situação que ele próprio criou. Quem, em todo este processo, nunca foi respeitado pelo Município foi a própria Bracicla, no seu todo, os seus 40 postos de trabalho diretos, aos quais acrescem os indiretos, o seu investimento, os seus clientes e fornecedores, os impostos que paga no concelho e o crescimento que representa para o próprio concelho».
Acesso não serve
O novo traçado «não serve os interesses da empresa, uma vez que esbarra contra o muro lateral das suas instalações». A entrada da empresa é na Rua de Santo Aleixo, «é ali que estão criadas todas as condições para o normal funcionamento do tráfego da empresa e é até lá que o novo acesso deverá chegar».
A administração da Bracicla reforça a sua disponibilidade «no sentido de envidar todos os esforços para minimizar os impactes da sua atividade, de que é exemplo o recente investimento no tratamento dos jardins e colocação da cortina arbórea, conforme acordado com a autarquia, com o simples objetivo de conseguir trabalhar com tranquilidade».
COMUNICADO NA ÍNTEGRA
- A V/ edição online do dia 24.02.2018, noticia que “O presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, disse esta sexta-feira, na Assembleia Municipal, que a autarquia fechou, ao longo do dia, o acordo com os proprietários dos terrenos circundantes à Bracicla, em Figueiredo, para que seja possível construir um novo acesso à empresa, a partir do Monte Rabadas.”;
- A edição impressa do V/ jornal de Abril de 2018 informa que “Novo acesso à Bracicla avança até Junho – Executivo aprovou protocolo entre a Câmara e proprietários”;
- Como é possível, decorridos quase quatro meses, que se volte atrás em tudo que foi dito e como é possível que o executivo aprove um protocolo sem que esteja garantido o entendimento com os proprietários dos terrenos?
- Na assembleia municipal do dia 23 de fevereiro de 2018, o gerente da Bracicla pediu uma solução imediata para o problema. Passados quase quatro meses o Município mostra incapacidade ou falta de vontade em encontrar essa alternativa. Portanto, o que está aqui em causa, já não é protesto ou pressão, é mesmo falta de alternativa!
- A Bracicla tem instalações, das melhores do país na sua área de atividade, e não necessitaria de aparcar na rua se não visse vedado o livre acesso às mesmas, pela mesma Autarquia que as licenciou. Certo é que a empresa não vai aparcar as viaturas num descampado, sem vigilância, sujeitas a roubo e vandalismo, conforme única solução proposta pela autarquia.
- A Bracicla respeita toda a gente, especialmente os moradores do Bairro de Guiames, que são vítimas da incapacidade do município de lidar com uma situação que ele próprio criou. Quem, em todo este processo, nunca foi respeitado pelo Município foi a própria Bracicla, no seu todo, os seus 40 postos de trabalho diretos, aos quais acrescem os indiretos, o seu investimento, os seus clientes e fornecedores, os impostos que paga no concelho e o crescimento que representa para o próprio concelho.
- O que iniciou como um protesto, na tentativa de pressionar uma solução há muito prometida, tornou-se A alternativa. Se a Autarquia avançar com a proibição de estacionamento de veículos pesados em frente ao edifício municipal, a Bracicla certamente encontrará nova alternativa, desta feita com custos associados, que posteriormente imputará à Autarquia.
- Quer ainda a Bracicla ressalvar que, desde Julho de 2017, após conhecer o traçado do novo acesso previsto, alertou a autarquia que aquele acesso não serve os interesses da empresa, uma vez que esbarra contra o muro lateral das suas instalações. A entrada da empresa é na Rua de Santo Aleixo, é ali que estão criadas todas as condições para o normal funcionamento do tráfego da empresa e é até lá que o novo acesso deverá chegar.
- Para terminar, a Bracicla reforça a sua disponibilidade no sentido de envidar todos os esforços para minimizar os impactes da sua atividade, de que é exemplo o recente investimento no tratamento dos jardins e colocação da cortina arbórea, conforme acordado com a autarquia, com o simples objetivo de conseguir trabalhar com tranquilidade.