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BRAGA -
Braga acolhe Salão Piolho Cine-Concertos

A oitava edição do Salão Piolho Cine-Concertos, uma iniciativa da Fundação Inatel, chega a Braga nos dias 25, 26 e 27 de Outubro, prometendo “uma celebração do cinema mudo e uma prova que a sua magia nunca se perde, mas reinventa-se a cada nova projecção”.

A iniciativa com entrada gratuita, mas sujeita a inscrição através do eventbrite decorre na Capela Imaculada Nossa Senhora da Conceição, auditório do Conservatório Bomfim e Conservatório de Música da Gulbenkian.

As interpretações musicais que fazem parte deste ciclo, permitem “um novo olhar” sobre um cinema que importa recordar. Com actuações musicais de artistas tão diferentes como Filipe Raposo, O Gajo e Bicho Carpinteiro, ressoará com o preto e branco, a música tradicional portuguesa, o jazz, o folk e a electrónica.

A ‘Paixão de Joana d’Arc’ com música de Filipe Raposo para o filme de Carl Dreyer decorre dia 25, pelas 21h00, na Capela Imaculada Nossa Sr.ª da Conceição. Nesta obra-prima de um dos grandes mestres do cinema, o dinamarquês Carl Th. Dreyer, acompanhamos o célebre julgamento da mártir Joana de Domrémy-la-Pucelle, em França.

Filipe Raposo iniciou os seus estudos pianísticos no Conservatório Nacional de Lisboa e desde 2004 que colabora com a Cinemateca Portuguesa como pianista residente no acompanhamento de filmes mudos.

‘The General – Pamplinas Maquinista’ de Buster Keaton e Clyde Bruckman, com Música de o Gajo é a proposta para o dia 26, pelas 21h00, no Auditório do Conservatório Bomfim.

A história passa-se durante a guerra civil americana, e Buster Keaton encarna Johnnie, um engenheiro ferroviário que tem dois amores: a namorada, Annabelle, e uma locomotiva chama O projecto O Gajo nasceu da inspiração das referências da World Music de João Morais, anteriormente ligado ao punk rock, quando descobriu na Viola Campaniça o cruzamento da sua urbanidade com a música de raiz tradicional. da “The General”, que dá o nome ao filme.

O ciclo termina no dia 27 de Outubro, pelas 18h00, com ‘Os Lobos’, com música de Bicho Carpinteiro para o filme de Rino Lupo. Tomando como base a obra teatral ‘Os Lobos: Tragédia Rústica em Três Actos’, esta longa-metragem de Rino Lupo tornou-se num dos maiores sucessos cinematográficos portugueses da década de 1920, chegando a ter difusão internacional.

Por entre samples de voz de recolhas no Portugal profundo, entre fados e chulas, violas tradicionais portuguesas em duelo sobre ritmos bem marcados, texturas acústicas e electrónicas e uma ligação a melodias, este Bicho Carpinteiro faz a festa sem pedir licença, reafirmando a séria capacidade de Rui Rodrigues (Dazkarieh, Uxukalhus, Casuar) e de Diogo Esparteiro (Royal Bermuda, Pás de Problème) transformarem cada uma das suas visões criativas não apenas em válidas experiências de estúdio, mas antes de mais em muito originais manifestos de palco.

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