O município de Braga lançou um concurso público para a elaboração do inventário e cadastro do arvoredo urbano, no valor de 67.342.50 euros, “numa medida proativa” que “abrange cerca de 35 mil árvores em domínio público”.
Segundo a autarquia, “o objetivo deste inventário é de prevenir e garantir uma gestão sustentável do arvoredo”.
Citado num comunicado, o vereador do Ambiente, Altino Bessa, salienta que a prioridade é a segurança e bem-estar dos cidadãos.
“O Regulamento Municipal de Gestão do Arvoredo em Meio Urbano é um instrumento de gestão e planeamento previsto na lei. Definimos uma estratégia municipal para o arvoredo urbano, identificando os ciclos de manutenção e as normas técnicas para a implantação e manutenção de árvores”, refere.
Para o responsável, “a avaliação do estado fitossanitário das árvores, ou seja, o seu estado de saúde, é uma das vertentes que estão em destaque nestes instrumentos de gestão”.
“A gestão e manutenção do arvoredo urbano é executada por técnicos devidamente preparados e credenciados para o efeito. A par deste regulamento faremos ainda um reforço de gestão do arvoredo como metodologia de prevenção”, garante o autarca.
Altino Bessa adiantou ainda que “o contributo do arvoredo urbano para a promoção de ambientes urbanos mais sustentáveis e resilientes na adaptação e mitigação das alterações climáticas será uma herança deixada às gerações futuras para que um dia se possam sentar à sombra de árvores com história”.
Segundo o município, o inventário permitirá uma “análise detalhada” de cada árvore (desde a sua espécie até ao estado de saúde), identificando possíveis ameaças como fungos, deformações ou outros fatores que possam comprometer a sua estabilidade. “Além disto, a plataforma Web-SIG permitirá que os cidadãos contribuam relatando ocorrências e alertas sobre árvores em risco”, explica.
Este inventário municipal do arvoredo inclui, particularmente, o número, o tipo e a dimensão de espécies arbóreas existentes no solo urbano definido no PDM de Braga. No decurso dos trabalhos de campo de inventariação do arvoredo, serão obtidos para todas as árvores diversos parâmetros: identificação ao nível da espécie e da subespécie com caracterização do diâmetro, altura, ano de plantação, estado sanitário e estado da caldeira.
“Será avaliado o estado fitossanitário com base num conjunto de critérios entre os quais a presença de agentes bióticos nocivos, grau de desfolha, grau de descoloração, deformações dos tecidos e alterações da estrutura e se existe a presença de necroses, tumores ou fungos”, assegura o município.