O Braga para Todos alerta para tamanho elevado dos arbustos dos separadores de várias artérias na cidade e nas margens do rio Este, onde atingem os “dois metros”. O movimento acusa a autarquia de “desleixo” e “facilitismo”.
Luís Pinto, membro do Braga para Todos, afirma, em comunicado à imprensa, que a situação, comum no Verão, “aumenta a probabilidade de acidentes com peões, e no caso do rio Este ser um mau cartão de visita da cidade e perigo para animais de rua”.
“Este desleixo por parte da autarquia mostra a dificuldade de Ricardo Rio [presidente da Câmara] fazer política onde é relevante, e não apenas eventos em cima de eventos”, acusa, acrescentando que “A câmara de Braga tem, na nossa visão alguma dificuldade em agir perante situações menores. Parece que em Braga a política se prende por grandes eventos, mas aquilo que afecta o dia-a-dia dos bracarenses, neste caso a sua segurança e até o aspecto da cidade é amplamente descurado”, sublinha o responsável do movimento cívico.
Dando como exemplos a Av. Imaculada Conceição, “onde a vegetação quase chega à via de circulação”, a rotunda da Makro – “um caixote do lixo a céu aberto” e a “escassa limpeza” de “muitos passeios em áreas menos centrais”, o movimento diz que a situação “não é o um ponto positivo” para a imagem de Braga.
RIO ESTE
Além das estradas, o Braga para Todos também critica “o abandono das margens do Este” e pede para “não usarem o argumento que é recomendável ter vegetação nas mesmas”.
“Não estamos a criticar a existência da vegetação nas margens do Este; estamos a realçar que há ervas que alcançam mais de dois metros e tiram a visibilidade do rio. E isso não parece normal numa ciclovia que diariamente tem milhares de pessoas a circular”, afirma.
“Uma coisa é existir vegetação e a preservar o que estamos de acordo, outra, (…) é um total abandono deste local que para nós tem imenso potencial e pouca vontade política de ser trabalhado e colocado à disposição dos bracarenses”, adianta Luís Pinto.
“Ricardo Rio tem que assegurar equipas para limpar e aparar os separadores das estradas e das rotundas”, conclui, não sem antes acrescentar que “a cidade não vai de férias e não pode ficar todos os Verões ao abandono”.