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CULTURA

CULTURA -
Braga transforma centro da cidade e Mosteiro de Tibães em palcos do Dia Mundial da Dança

A celebração da Dia Mundial da Dança, que se assinala a 29 de Abril, começa dois dias antes, com o município convidar todas as pessoas a participar nesta comemoração universal, que transcende fronteiras e culturas, às actividades que acontecem pelo centro da cidade e Mosteiro de Tibães.

Ao todo, participam nos eventos oito escolas de dança de Braga envolvendo cerca de 300 alunos e todos aqueles que se quiserem juntar.

No dia 27, um sábado, entre as 13h30 e as 18h00, a avenida Central transforma-se no epicentro da dança, numa iniciativa que conta com a criação e participação de performances para celebrar esta vertente artística.

O programa arranca com ‘Harmonia Inclusiva’, da Need Cooperativa, seguindo-se Mdance Show! pela Mdance. ‘O Movimento corporal e as diferentes formas de expressão’ são apresentadas pelo Palco de Estrelas.

Depois é a vez da Apolo Braga fazer uma ‘Demonstração de Jazz Contemporâneo, danças urbana e ballet jovens e adultos’, seguindo-se ‘…De Noverre a Bracara’ pela Ent’Artes – Escola de Dança e o Flashmob Paquita’ pela EFPdanza.pt.

A jornada termina com a XIV Street Mob Dance Backstage, pela Escola de Dança Backstage.

Aqui, todos são convidados a seguir o ritmo compondo um mosaico colorido da elegância clássica do ballet á energia contagiante do hip hop, passando pela dança contemporânea e dança latina, num mundo de sonhos e emoções únicas.

‘BESTA’ EM TIBÂES

No dia 28, pelas 17h30, continua a celebração da dança com a apresentação de ‘Besta’, de Mercedes Quijada, do ciclo Contrapeso pela Arte Total no Mosteiro de Tibães.

Fazendo uma ponte entre o imaginário grandiloquente do flamenco e o artificialismo do teatro Kabuki, Mercedes Quijada lança-se numa dança visceral de forte apelo cénico.

A gestualidade teatral comum a essas duas tradições coreográficas é decantada em imagens-relâmpago da vida privada e do espaço público da cultura andaluza, onde a influência cigana é ainda muito presente.

Indecisa entre revelar e ocultar memórias traumáticas, Mercedes Quijada monta e desmonta vários códigos identitários, transfigurando a iconografia feminina num infindável jogo de máscaras, onde se vislumbram gestos familiares que tanto invocam a dor como o estado de graça.

A participação nas iniciativas é de entrada livre.

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