Procurar
Close this search box.
Procurar
Close this search box.
AMARES

AMARES -
Câmara de Amares aprova contas com saldo de gerência de mais de três milhões

A Câmara de Amares aprovou esta quarta-feira, com a abstenção dos dois vereadores do PS, os documentos de prestação de contas de 2024, que mostram que a autarquia transitou para este ano com um saldo de gerência positivo de mais de três milhões de euros.

Na apresentação daquele que é o seu último relatório enquanto presidente de Câmara, Manuel Moreira disse que 2024 teve o “maior valor de arrecadação de receita de sempre da história financeira do município de Amares, ultrapassando largamente os 22 milhões de 2023”, tendo havido também um aumento de despesa, nomeadamente despesa de capital.

“A receita arrecadada foi de quase 19 milhões de euros, mais de cinco milhões do que a despesa”, explicou. Para Manuel Moreira, o município apresenta uma “robusta saúde financeira” e o facto de transitar para 2025 com um saldo de gerência de mais de três milhões de euros constitui um “excelente resultado”.

Os documentos de prestação de contas mostram que, em 2024, os valores de execução da receita global atingiram uma taxa de 97,8% e os valores de execução da despesa global cifraram-se em 79,7%. Em termos numéricos significa que em 2024 foram arrecadados mais de 25 milhões e 600 mil euros, e foram gastos 20 milhões e oitocentos mil euros.

No caso do Plano Plurianual de Investimentos (PPI), a taxa de execução foi na ordem dos 67%, totalizando um valor de 6,6 milhões de euros. “Tivemos uma gestão rigorosa e equilibrada, mas também ambição e um forte desejo de concretizar projetos estruturantes para melhorar a qualidade de vida no nosso concelho”, vincou Manuel Moreira.

PS VOLTA A CRITICAR MODELO

O vereador do PS, Pedro Costa, voltou a criticar o modelo de gestão implementado pela autarquia e a “falta de planeamento estratégico”, sublinhando que o relatório de contas revelam que, em 2024, o município teve menos receitas de capital do que em 2023 e que “apenas executou 62% do valor inscrito no orçamento” no que se refere a fundos comunitários.

Pedro Costa apontou a “dependência” das transferências da administração central e classificou como “preocupante” o aumento das despesas correntes, que “sobem 5% depois de terem subido 15% em 2023”. “Já se gasta mais em despesas com pessoal do que em investimento”, vincou.

O vereador socialista criticou também a “baixa taxa de execução” do PPI e o aumento da dívida, que “cresceu para 8,7 milhões de euros, sem contar com um novo financiamento de 2,9 milhões entretanto aprovado”.

“Temos um concelho sem um serviço de recolha de lixo eficiente, com vias degradadas e uma Câmara que não aproveita todos os fundos comunitários e que agora, em cima da hora de partida, procura com grande pressa suprir todas as lacunas que há muito nos afligem”, frisou.

Pedro Costa garantiu que este “não é o modelo de gestão” preconizado pelo PS. “Não acreditamos que seja ajustado às necessidades dos amarenses. Amares segue um caminho errado e precisa de um novo ciclo no futuro”, concluiu o vereador socialista.

O documento foi aprovado com os votos favoráveis da maioria “Juntos por Amares” (Manuel Moreira, Delfim Rodrigues, Cidália Abreu e Vítor Ribeiro) e a abstenção dos representantes do PS, Pedro Costa e Valéria Silva. O vereador independente Emanuel Magalhães não esteve na reunião.

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS