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REGIÃO -
Câmara de Esposende diz desconhecer qualquer alerta sobre riscos de derrocada

A Câmara de Esposende afirma que o processo de licenciamento da habitação atingida esta quarta-feira de madrugada por um deslizamento de terra em Palmeira de Faro, provocando a morte a um casal, “decorreu com normalidade”. Assegura ainda desconhecer “a existência de qualquer reclamação apresentada pelo proprietário desta habitação quanto a eventuais situações que pudessem pôr em perigo a mesma”.

Em comunicado, a autarquia presidida pelo social-democrata Benjamim Pereira adianta que a construção da habitação em causa estava inserida numa operação de loteamento datada de 1994, constituída por 14 Lotes, “sendo que o Lote em causa é o número 9 que dispõe de autorização de utilização, sendo que a área derrocada se encontra parcialmente dentro da delimitação do mesmo lote”.

“O processo de licenciamento desta habitação decorreu com normalidade, desconhecendo-se a existência de qualquer reclamação apresentada pelo proprietário desta habitação quanto a eventuais situações que pudessem pôr em perigo a mesma”, acrescenta o comunicado autárquico.

O comunicado refere ainda que as operações de socorro envolveram 17 meios e um total de 33 operacionais, além de cinco engenheiros da Universidade do Minho e dois do município, dois psicólogos do Município de Esposende, dois topógrafos e um veterinário da autarquia, devido à existência de animais domésticos nas habitações em perigo.

Recorde-se que o deslizamento de terra e de pedras de grandes dimensões atingiu uma habitação unifamiliar, em que se encontravam seis pessoas.

Dois jovens que se encontravam no primeiro piso morreram.

As restantes pessoas – um casal entre os 40 e os 50 anos e duas crianças, de dois e 12 anos – foram retiradas ilesas.

O caso está a ser investigado pela PJ.

 

FOTO: Porto Canal

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