A Câmara de Terras de Bouro vai dar o primeiro passo esta quinta-feira para aquisição de 97 imóveis para renda acessível, inseridos na Estratégia Local de Habitação. O investimento pode rondar 13 a 14 milhões de euros, revela Manuel Tibo, que leva a proposta à assembleia municipal extraordinária, a realizar esta noite.
«Não há, atualmente, uma casa para arrendar em Terras de Bouro», lamenta o Presidente da Câmara, Manuel Tibo, em declarações ao jornal ‘O Amarense & Caderno de Terras de Bouro.
«As rendas são elevadas, a população está com contas altíssimas e as prestações do banco estão enormes, as pessoas passam por muitas dificuldades», vinca.
Para o combater, a Câmara Municipal desenvolveu a Estratégia Local de Habitação de Terras de Bouro, já aprovado pelo Governo. «Na altura quando a fizemos, acharam utópico», vinca.
No entanto, o Presidente considera que “estão a ser dados passos para que, na próxima década, a população, ao invés de diminuir como tem acontecido, possa estabilizar ou aumentar».
O PROCESSO
Com o objetivo de fixar população, atrair mais pessoas e «dar qualidade de vida», está agora planeada a aquisição de 97 fogos habitacionais. «Vamos fazer uma Assembleia Municipal extraordinária para que, depois de termos a aprovação, possamos colocar um edital para aquisição de 97 imóveis, inseridos na Estratégia Local de Habitação», esclarece. O investimento pode rondar 13 a 14 milhões de euros, adianta o autarca.
LOCALIZAÇÃO
Tratam-se de 58 apartamentos na Vila de Terras de Bouro, sendo 17 no Vilar da Veiga, 15 na freguesia de Rio Caldo e sete na freguesia de Valdosende.
«Estamos a tentar celebrar, além disso, um contrato com um prédio devoluto para criar oito apartamentos na freguesia da Carvalheira», acrescenta.
Aliado à Estratégia, para cumprir o objetivo, «também está a ser reabilitado o parque habitacional da Câmara Municipal».
Ainda, cerca de 14 escolas abandonadas serão também requalificadas para a habitação.
«Por isso, além dos 97, são mais cerca de 46», esclarece o Presidente da Câmara.
Os edifícios serão feitos de raiz, pela iniciativa privada que, posteriormente, a Câmara vai adquirir e arrendar.
Segundo o Presidente Manuel Tibo, «tudo indica que este plano será aprovado».