O Município de Terras de Bouro promoveu na manhã desta segunda-feira uma reunião com a Comissão Executiva da CCDR-N, por forma a «dar a conhecer as necessidades, preocupações e problemas do Concelho», explicou o Presidente da Câmara Municipal, Manuel Tibo. A necessidade da sessão de trabalho, prosseguiu o autarca, prende-se pelo facto de num «futuro próximo, em que se possam tomar decisões, essas vão ao encontro e resolvam muitos dos problemas de Terras de Bouro».
A reunião decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho da Câmara Municipal e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, do Presidente da CCDR-N, António Cunha, do Vice-Presidente da CCDR-N, Beraldino Pinto e do Vogal da CD do Norte 2020, Humberto Cerqueira.
Em declarações à comunicação social no final da sessão de trabalho, que visou também «dar a conhecer os projectos que o município está a implementar e as melhorias e investimento que pretende para o futuro» – onde se reforçou a necessidade de investir na área do Turismo, uma «grande fonte de rendimento» – Manuel Tibo destacou o «convite para acompanhar a questão da candidatura a Património Mundial da UNESCO da Geira Romana, a questão da Água e do Saneamento e outros projectos estruturantes para o Concelho», como alguns dos assuntos chave.
Também Antonio Cunha, da CCDR-N, esclareceu que «a reunião serviu para ter um conhecimento mais próximo da realidade, das dificuldades, das ambições e dos projectos mais ousados, interessantes e de grande potencial, como é o processo da candidatura a Património Mundial da Geira, ou até mesmo aqueles mais exigentes, como o caso do Saneamento e Água».
«É um trabalho de conhecimento em detalhe no terreno para que se possa fazer melhor o trabalho de análise a partir da CCDR-N», acrescentou.
GEIRA ROMANA
Segundo Manuel Tibo, o processo referente à candidatura a Património Mundial da UNESCO da Geira Romana está «concluído, só falta fazer a apresentação junto da Secretaria de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e depois aguardar a inscrição e verificar qual o passo seguinte. Em Maio, será apresentada a inscrição para análise da candidatura e a expectativa é grande».
Para António Cunha, o processo reveste-se de «importância e interesse», pelo valor «intrínseco e importância histórica desse património».
Lembra, contudo, que é preciso «entender que este vestígio está implantado num contexto ambiental muito particular, de matas extremamente interessantes e que têm um aproveitamento turístico, cultural e ambiental múltiplo e multifacetado».
APOIO À CANDIDATURA
Questionado sobre um apoio efectivo a essa mesma candidatura, António Cunha afirmou «a partir do momento que os planos de acção estejam traçados, que as coisas estejam bem definidas e se realize o que queremos, haverá certamente a colocação disso nos diferentes programas de apoio que possamos vir a ter, no próximo programa quadro, onde até a própria dimensão cultural e aproveitamento de recursos endógenos esta já identificada. É importante irmos percebendo estas necessidades para assim desenhar o próximo programa quadro».
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