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Catorze explorações em Portugal afectadas por nova doença animal 

A directora-geral de Alimentação e Veterinária alertou, esta terça-feira, para o aparecimento de uma nova doença animal, identificada recentemente na Europa.

Em declarações à TSF, Susana Pombo diz que a doença está a “expandir-se rapidamente”.

Apesar do consumo de carne de animais doentes não ser perigoso, há restrições ao movimento de animais nestas explorações, nomeadamente para exportação.

“É uma doença vírica, afecta os ruminantes – em especial bovinos e os cervídeos selvagens -, é transmitida por vectores e não afecta os seres humanos”, explica aos microfones da TSF, a directora-geral de Alimentação e Veterinária, Susana Pombo.

“Quando detectamos uma exploração positiva, é estabelecido um raio de 150 quilómetros que limita o movimento dos animais a partir dessa grande área para outras zonas onde nunca foi reportada a doença, isto numa perspectiva de controlo”, continua, alertando que, tal como em Espanha, a doença “está a expandir-se rapidamente”.

Apesar de não reconhecer nenhuma morte associada a esta doença, que, em regra, pode ser tratada em poucos dias, Susana Pombo afirma que em Espanha, existem já casos de animais mortos.

PREVENÇÃO

Como se trata de uma doença nova, não há vacina, pelo que a prevenção passa pelo controlo de mosquitos, higiene nas explorações e limites à movimentação de animais potencialmente infectados num raio de 150 quilómetros, cobrindo praticamente todo o país.

“Quando detectamos uma exploração positiva, é estabelecido um raio de 150 quilómetros que limita o movimento dos animais a partir dessa grande área para outras zonas onde nunca foi reportada a doença, isto numa perspectiva de controlo. Já temos o país praticamente todo afectado porque 150 quilómetros a partir de Espanha, num foco perto da fronteira, é muito fácil chegar aos limites do nosso país”, explica.

Dentro desse raio de 150 quilómetros, os animais de explorações afectadas podem seguir para abate e comercialização, mas não podem ser exportados para países da União Europeia (UE) além de Espanha e Itália, que já têm a doença.

“Há constrangimentos dentro da UE porque só se podem movimentar [animais] dentro de áreas afectadas. Se escolhermos exportar, por exemplo, para França, que é um país que, até à data, é livre [da doença], aí destas áreas afectas não podemos certificar animais”, esclarece.

SINTOMAS

A directora-geral veterinária pede aos produtores que estejam atentos aos sintomas e alerta as autoridades em caso de suspeita, até porque a transparência é a melhor forma de lidar com o problema.

“É uma doença que tem uns sinais clínicos que são mais frequentes e que os médicos veterinários e os senhores produtores devem estar atentos, como lesões na mucosa oral, no focinho, há reportes de que os animais produzem saliva com excesso, com corrimento nasal, por vezes inflamação na coroa dos cascos, alguma coceira e febres”, enumera.

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