Chega ou não chega

Opinião de Marco Alves.

Em termos eleitorais ainda faltam disputar dois atos para escolha representativa, as autárquicas e as presidenciais, desta forma podemos aludir que ainda não chega de eleições. O escrutínio das legislativas inclinou para uma mudança de posições. Embora que, por mais que se tenha tentado estabilidade política, o resultado não foi eficaz para o desejo da estabilidade maior, no entanto está garantida para um mínimo de 12 meses ou mais de duração. Os maiores partidos da oposição serão determinantes para clarificar se chega ou não chega de eleições.

O chumbo da moção de confiança ao governo originou as eleições de 18 maio e ditou a hecatombe do PS e outros, transformou o PS agora na terceira força política. Abriu a brecha para o Chega ocupar o segundo lugar no pódio, algo inédito e que alguns esperavam acontecer. De salientar que o partido venceu quatro distritos. Resta saber se o resultado será determinante no plano autárquico para retirar Câmaras que estão no bastião ou do PSD ou do PS.

Afinal de contas, ainda não chega de candidatos para a autarquia de Amares. Pode parecer estranho um concelho modesto já ter apresentado quatro candidaturas, entre PS, PSD e dois movimentos independentes. Há quatro anos, o Chega apresentou candidatos para a Câmara e Assembleia Municipal, apenas elegeu dois lugares na Assembleia Municipal. Agora, o Chega foi o segundo partido mais votado nas legislativas em Amares, sendo até o mais votado em duas freguesias do município. Desta forma, penso que a comissão nacional do partido não deixará de ter candidato para Amares. Somente tem que ter residência em Amares, não necessita de ter nascido ou saber tudo sobre o concelho. A ver vamos…

A candidatura independente Amar e Servir Amares, liderada por Rui Tomada, presidente da União de Freguesias de Vilela, Seramil e Paredes Secas que finda os mandatos possíveis na junta, avança determinada, totalmente independente, sem partidarites no meio, com vista para mossa significativa aos candidatos e até mesmo ao concelho que tem estado estabilizado num marasmo político. Para a Câmara Municipal são sete os lugares disponíveis, porém pode significar uma disputa intensa e provocar ausência de maioria para a gestão municipal. Uns falam em auditoria as contas municipais, outros falam em obras que pertencem ao Estado, outros continuam a falar no saneamento e na rede publica de água, evidenciam programas do passado. O apelo ao atual presidente do município, «Senhor presidente Moreira, se for possível, pare o processo de concessão da recolha de lixo a privados», bem entendido nas entrelinhas e com moderação, pode projetar o Rui Tomada.

O maior erro na vida é o de ter sempre medo de errar.