O Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro rejeitou, por duas vezes, a candidatura de João Madeira para director do Agrupamento. Por se tratar de candidatura única, a escola terá agora de ser gerida por uma comissão administrativa provisória.
O professor de Educação Física, que nas últimas Eleições Autárquicas liderou a lista do Chega à Câmara Municipal mas que entretanto se desfiliou do partido, foi o único candidato a apresentar-se a votação.
Para ser eleito, precisava de obter maioria absoluta na votação do Conselho Geral, realizada na semana passada, o que não aconteceu, porque teve apenas seis votos favoráveis, havendo outros 12 em branco.
Quando assim é, tem de ser convocada nova reunião, com o candidato a precisar de um terço de aprovação para ser eleito. A segunda votação aconteceu esta quinta-feira e João Madeira teve ainda menos votos favoráveis: quatro, perante 15 brancos.
De acordo com a lei, os factos são comunicados aos serviços competentes do Ministério da Educação, a quem cabe agora a nomeação de uma comissão administrativa provisória, composta por docentes de carreira, pelo período máximo de um ano escolar.
O presidente da comissão administrativa provisória exerce as competências atribuídas ao director, cabendo-lhe indicar os membros que exercem as funções equivalentes a subdirector e adjuntos. Será também iniciado um novo procedimento concursal para a eleição do novo director.
CANDIDATURA REPETIDA
João Madeira já tinha concorrido ao cargo de director do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro em 2019, perdendo então para José Guimarães Antunes, que assumiu funções em Julho desse ano.
Dois anos depois, no início do passado mês de Julho, o director pediu a cessação de funções, embora se tenha mantido no cargo até 31 de Agosto, o que obrigou à abertura de um novo concurso a que apenas concorreu João Madeira.
