A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho expressou “preocupação” pela transferência de um helicóptero de combate a incêndios de Arcos de Valdevez para Portalegre, apelando a um reforço rápido de meios aéreos e terrestres caso as condições meteorológicas ou operacionais se agravem.
Num comunicado à Lusa, a CIM—que reúne os 10 municípios de Viana do Castelo—reconhece a “solidariedade” com outras regiões, mas exige atenção equivalente ao Alto Minho, especialmente agora que faltam cinco aparelhos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025.
Com 222 mil hectares e 208 freguesias, 99 delas prioritárias na prevenção de fogos, a região reúne 1.185 pontos de risco críticos. A retirada de um dos dois meios aéreos baseados em Arcos de Valdevez foi anunciada quarta-feira pelo secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, devido ao concurso deserto da Força Aérea que manteve parte da frota em manutenção.
A CIM alerta para o período “crítico” que começa terça-feira e se estende até 30 de setembro, devido ao vasto território florestal, relevo acidentado, dispersão populacional e presença do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Apesar de manter um helicóptero na base de Arcos de Valdevez, a entidade reclama “vigilância ativa” e um dispositivo robusto capaz de responder a eventuais ocorrências.
O comunicado enaltece ainda o “esforço incansável” de bombeiros, sapadores florestais, forças de segurança e voluntários na proteção de pessoas, bens e ecossistemas.
A partir de terça-feira, Portugal contará também com duas aeronaves anfíbias Fire Boss, integradas no programa rescEU e financiadas a 75% pela UE (cerca de 2,6 milhões de euros), para reforçar a resposta aérea a incêndios extremos.