Vítor Aguiar e Silva (1939-2022), nome maior da academia portuguesa e dos estudos literários, vai ser homenageado no XXV Colóquio de Outono da Universidade do Minho, que decorre entre esta quinta-feira e sábado, em Braga.
A iniciativa insere-se nas comemorações dos 50 Anos da UMinho, tendo a organização do Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM) e da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas (ELACH) desta academia.
O programa conta com diversos oradores a refletirem as áreas de investigação de Vítor Aguiar e Silva, desde a teoria da literatura, o modernismo, os estudos camonianos, as políticas da língua, o ensino da literatura e os desafios das humanidades.
Entre os convidados estão Bernard McGuirk (Universidade de Nottingham), Tomas Albaladejo Mayordomo (Universidade Autónoma de Madrid), Darío Villanueva e Elias Torres Feijó (Universidade de Santiago de Compostela), Helena Buescu (Universidade de Lisboa), Rosa Goulart (Universidade dos Açores), Carlos Reis (Universidade de Coimbra) e Zulmira Coelho Santos (Universidade do Porto).
MINISTRO ENTREGA PRÉMIO CAMÕES
Esta quinta-feira destaca-se às 17h30 a apresentação do livro “Sena Hoje” (editora Colibri), que inclui um conjunto de textos sobre o autor Jorge de Sena apresentados no XXI Colóquio de Outono em 2019, sendo um deles do próprio Vítor Aguiar e Silva.
Na sexta-feira merecem relevo, às 17h00, os depoimentos dos escritores Lídia Jorge e João Barrento, vencedores das duas edições do “Prémio Vida Literária Vítor Aguiar e Silva”, promovido pela Associação Portuguesa de Escritores e pelo Município de Braga.
A cerimónia de entrega do Prémio Camões 2020 a Vítor Aguiar e Silva, a título póstumo, vai realizar-se este sábado, dia 25, às 12h00, no salão nobre da Reitoria da UMinho, com a presença prevista do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva e do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.
Vítor Aguiar e Silva estudou e ensinou na Universidade de Coimbra e, em 1989, transitou para a UMinho, onde foi vice-reitor, fundador do CEHUM e professor emérito e catedrático da ELACH, cuja biblioteca tem também o seu nome. Foi docente visitante em várias universidades estrangeiras, coordenou a proposta de criação do Instituto Camões e a Comissão Nacional de Língua Portuguesa, sendo ainda membro do Conselho Nacional de Cultura e da Academia de Ciências de Lisboa.
Recebeu os prémios Vergílio Ferreira, Vida Literária, D. Dinis, APE, Eduardo Prado Coelho, Jorge de Sena e Camões, além da Grã-Cruz da Ordem de Instrução Pública, o doutoramento honoris causa pelas universidades de Lisboa e dos Açores e a insígnia de ouro da Universidade de Santiago de Compostela.