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Comandante dos bombeiros sapadores de Viana do Castelo com processo por “excesso de linguagem”

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O comandante dos sapadores de Viana do Castelo vai responder num processo disciplinar por excesso de linguagem, sendo que o inquérito instaurado por alegado assédio moral aos operacionais da corporação foi descartado, informou esta terça-feira o presidente da Câmara.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, respondia ao vereador do PSD, Eduardo Teixeira, no período antes da ordem do dia da reunião camarária, que questionou a maioria socialista sobre as conclusões do processo de averiguações aberto em Agosto de 2021.

Anteriormente, numa primeira queixa relativa a assédio moral na corporação, foi instaurado um processo de averiguações, que viria a ser arquivado porque o queixoso, quando instado a apresentar a sua versão dos factos, não respondeu.

Esta terça-feira, na resposta ao vereador Eduardo Teixeira, Luís Nobre garantiu que “não há assédio laboral” nos bombeiros sapadores.

“Aconteceram coisas de menor responsabilidade relacionadas com a linguagem. Quando saímos do estado racional para o emocional nunca há só um culpado. Dizemos sempre coisas que não devemos dizer, de parte a parte. Atendendo à posição que cada um de nós ocupa há condutas que devemos exigir. Quem está num determinado nível tem de ser mais exigente”, afirmou Luís Nobre.

Segundo o autarca socialista, “por causa das questões de comunicação e de linguagem, a pessoa responsável pelo inquérito entendeu ser matéria relevante para se instaurar processo disciplinar [ao comandante António Cruz] e, por isso, foi emitido um despacho nesse sentido”.

“Quanto terminar, todos terão acesso às conclusões [do processo disciplinar] que terão de se analisadas em reunião camarária”, referiu.

Luís Nobre adiantou que o processo disciplinar vai dar oportunidade a “quem acusa e ao acusado de se defenderem”.

“Vamos deixar as coisas seguirem o seu caminho com naturalidade, normalidade”, apelou Luís Nobre.

As acusações contra o comandante dos Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo avolumaram-se a partir de março de 2021, quando o Sindicato Trabalhadores da Administração Local (STAL) anunciou uma ação contra António Cruz, por “práticas que consubstanciam verdadeiros atos de discriminação e assédio moral e laboral”.

Na altura, à Lusa, a coordenadora do STAL, Ludovina Sousa, disse que “os trabalhadores decidiram denunciar publicamente a situação”, por se ter “tornado insustentável e por prejudicar, irremediavelmente, o bom funcionamento do corpo de bombeiros, que se deseja estável a bem do serviço público”.

Segundo a sindicalista, “desde meados de 2015, altura em que António Cruz assumiu o comando do Corpo de Bombeiros Municipais de Viana, que os trabalhadores são vítimas do autoritarismo e abuso de poder”.

Desde março, o STAL tem promovido diversas ações de denúncia pública da situação, em vários locais da cidade, algumas à porta do edifício camarário, durante as reuniões do executivo, marcadas por frases de protesto, cornetas, apitos, entre outros.

Com 242 anos de existência, os antigos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo passaram, em 2019, a designar-se Companhia de Bombeiros Sapadores.

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