OPINIÃO

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Combate ao cancro do ovário 

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Artigo de Maria do Céu Morais

Enfermeira Especialista de Saúde Pública

Unidade de Saúde Pública do ACeS Cavado II Gerês Cabreira

 

Sabia que o cancro do ovário é a neoplasia do aparelho genital feminino que apresenta maior taxa de mortalidade? É a 7ª causa de morte feminina no mundo, segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). O cancro do ovário é raro, mas é dos mais perigosos. Um estudo apurou que a maioria das mulheres sabe pouco sobre a doença. 

 Atingindo, sobretudo, mulheres no período peri e pós menopausa (a idade média é de 54 anos), apresenta uma taxa de mortalidade de cerca de 70%, de acordo com um estudo da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Em Portugal, são diagnosticados, todos os anos, mais de 350 novos casos de cancro do ovário.

Os ovários fazem parte do aparelho reprodutor feminino e estão localizados na pélvis. Cada ovário é mais ou menos do tamanho de uma amêndoa. Os ovários produzem as hormonas femininas – estrogénio e progesterona e libertam óvulos que se deslocam a partir de cada ovário, através da trompa de Falópio em direcção ao útero. Quando a mulher está na menopausa, os ovários deixam de libertar óvulos e produzem níveis hormonais muito inferiores. Ao contrário do que acontece com outros tipos de cancros, que permitem um diagnóstico em fase inicial, o cancro do ovário constitui uma doença silenciosa, tendendo a dar sintomas em fases mais avançadas. O diagnóstico do cancro do ovário não é fácil, pelo que na maioria dos casos, quando o problema existe, o grau de compromisso do organismo é bastante elevado, o que condiciona a possibilidade do tratamento.

Quem Está em Risco?

Nem sempre é possível explicar o porquê de algumas mulheres sofrerem de cancro do ovário e outras não. Contudo, sabe-se que uma mulher com determinados factores de risco está mais predisposta a ter cancro do ovário. 

Estudos realizados determinaram os seguintes factores de risco para o cancro do ovário:

  • Antecedentes familiares de cancro: as mulheres cuja mãe, filha (s) ou irmã (s) têm ou tiveram cancro do ovário apresentam um risco acrescido de desenvolver a doença. As mulheres com antecedentes familiares de cancro da mama, útero, cólon ou do recto podem, de igual modo, apresentar um risco acrescido para desenvolver cancro do ovário. 
  • Antecedentes pessoais de cancro: as mulheres que já tiveram cancro da mama, útero, cólon ou recto apresentam um risco acrescido de vir a desenvolver cancro do ovário.
  • Idade superior a 55 anos: a maioria das mulheres diagnosticadas com cancro do ovário tem mais de 55 anos.
  • Nunca ter engravidado: as mulheres com idade avançada e que nunca tenham engravidado, apresentam um risco acrescido de desenvolver cancro do ovário.
  • Terapêutica hormonal na menopausa: alguns estudos sugerem que as mulheres que fazem terapêutica hormonal apenas com estrogénio (sem progesterona), durante 10 ou mais anos, podem apresentar um risco acrescido de desenvolver cancro do ovário.

O facto de apresentar um factor de risco não significa que a mulher sofra, ou venha a sofrer de cancro do ovário. A maioria das mulheres que apresenta factores de risco não desenvolve cancro do ovário.

Combater o silêncio do cancro

Contornar a forma assintomática do cancro do ovário implica assim, o cumprimento de plano regular de visita ao seu médico família e a realização de exames de diagnóstico que permitam a deteção atempada da doença. As mulheres acima dos 55 anos e mulheres que apresentem fatores de risco associados ao cancro do ovário, deverão ser especialmente cuidadosas em relação à vigilância.

Sintomas de Alerta

O cancro do ovário em fase inicial não causa sintomas óbvios. Porém, à medida que o cancro evolui, podem surgir os seguintes sintomas:

  • Pressão ou dor no abdómen, pélvis, costas ou pernas;
  • Dor de estômago, abdómen inchado ou sensação de “empanturrado”;
  • Náuseas, indigestão, gases, obstipação (prisão de ventre) ou diarreia;
  • Sensação constante de grande cansaço;
  • Alguns sintomas menos frequentes são:
  • Falta de ar;
  • Vontade constante de urinar
  • Hemorragias vaginais invulgares (períodos de grande fluxo ou hemorragia, após a menopausa)
  • Dor durante a relação sexual.

Na maioria dos casos, estes sintomas podem não ser indicadores de cancro, embora apenas o médico possa afirmá-lo com exatidão. 

Ficar atenta a quaisquer alterações e procurar um médico rapidamente é imperativo! A vigilância é a principal arma no combate ao cancro do ovário, uma patologia que é a 7ª causa de morte feminina em todo o mundo. A prevenção é sempre a melhor arma! 

 

Fonte: Liga Portuguesa Contra o Cancro –  https://www.ligacontracancro.pt/

 

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