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Concelhia de Braga do CDS quer projectos de combate à sinistralidade e de promoção da mobilidade sustentável na escola

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Altino Bessa defende que os primeiros passos para uma mobilidade sustentável e para a redução da sinistralidade rodoviária devem começar na escola e na comunidade escolar que tem um papel “árduo”, mas determinante, na criação de novos hábitos.

A ideia foi expressa no encontro que o presidente da Concelhia bracarense do CDS manteve com a Braga Ciclável que serviu para aquela associação apresentar um conjunto de propostas como a criação de uma rede ciclável de ciclovias nas principais avenidas da cidade, um sistema de bicicletas partilhadas e a semaforização das avenidas entre o Minho Center e a Central de Camionagem.

O encontro, realizado a pedido daquela associação, abordou ainda a redefinição da restante rede viária da cidade de forma a diminuir velocidades e a qualidade do ar da cidade, entre outros pontos.

Afirmando que Braga “últimos oito anos” tem sido alvo de” uma série de alterações positivas no que concerne à melhoria da rede ciclável”, Altino Bessa, que tutela também a Protecção Civil e o Ambiente, referiu que desde 2013, data em que a maioria PSD/CDS/PPM conquistou a Câmara aos socialistas, deu o “primeiro passo na construção de condições estruturantes e seguras para a viabilidade da circulação em bicicleta em Braga”, aponto como exemplo “principal e esclarecedor” a Ecovia do rio Este.

“ELEVADA” SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA

Um dos temas centrais da agenda da reunião foi o “elevado” número de sinistralidade no concelho e a sensibilização da população para as políticas de mobilidade.

Sobre estas duas questões, o responsável centrista, aponta a escola com tendo um papel “árduo” e determinante na criação de novos hábitos.

“À imagem do que aconteceu com a transmissão de hábitos associados à reciclagem que foram sendo assimilados através do trabalho árduo das escolas junto das camadas mais jovens e respectivas famílias, a sensibilização para a diminuição da sinistralidade deve começar na escola”, defendeu.

Bessa sugeriu a criação de um projecto “promotor da sensibilização para uma mobilidade segura” nos 1.º, 2.º 3.º ciclos e ensino secundário, em parceria com as entidades responsáveis pela segurança rodoviária.

Para a Concelhia centrista, “parte da solução” para diminuir atropelamentos e os “elevados” números de sinistralidade no concelho está também na “sensibilização através da rede educativa”.

“A intervenção, no espaço escola, a longo prazo, altera comportamentos”, salientou, observando que “a comunidade escolar tem ao seu dispor um conjunto de soluções práticas que visam mudar os hábitos de deslocação, reduzindo a dependência do automóvel, em prol dos modos activos e dos transportes públicos nos acessos à escola”.

“Temos uma boa rede de transportes públicos. É preciso, dentro da escola, sensibilizar a comunidade para uma mobilidade mais sustentável”, sublinhou.

“BRAGA NÃO TEM MÁ QUALIDADE DE AR”

Sobre o ambiente, Altino Bessa assegura que “Braga não é, como por vezes se quer fazer passar, uma cidade com má qualidade do ar”.

“Não podemos generalizar. É certo que, em horários específicos do dia – entre as 07h00 – 09h00 e entre as 17h00 – 19h00 –  há pontos sensíveis de ultrapassagem da qualidade do ar. Isto deve-se ao aumento de tráfego em algumas áreas, principalmente no início e final do dia, altura em que as pessoas circulam entre casa e o local de trabalho”, justificou.

Altino Bessa garantiu, no entanto, que “nos restantes espaços temporais do dia não se verificam níveis de ultrapassagem que nos façam concluir fraca qualidade do ar.

“Aliás, há zonas no concelho em que a qualidade do ar é excelente.  Como é óbvio, nas áreas mais sobrelotadas de trânsito, em determinadas horas do dia, o ar está mais sobrecarregado”, realçou, frisando que “não posso admitir que se generalize e se diga que Braga tem fraca qualidade do ar porque esta afirmação não corresponde à verdade”.

CADA CIDADE, CADA SOLUÇÃO

Já quanto à proposta de mais estacionamento para bicicletas, recorda que em Braga não existia um único espaço reservado ao estacionamento para bicicletas”, assegurando que agora o objectivo é a sua melhoria”.

Afirmando que o principal meio de transporte ainda é o automóvel e que “uma família com um agregado de quatro elementos tem, em média, dois veículos”, o responsável do CDS diz que “não se pode reestruturar o estacionamento de forma a que os condutores destes veículos sejam prejudicados”.

“A proposta de colocação de parquímetros em algumas áreas da cidade em que a maioria do espaço é ocupado por habitantes não nos parece uma medida viável. Esta reestruturação do estacionamento não faz sentido”, defende, acrescentando: “O regime de parquímetros justifica-se em espaços em que prevaleça o comércio na tentativa de libertar o espaço. Em zonas maioritariamente habitacionais, a instalação de parquímetros não nos parece solução”.

Aludindo à proposta de um sistema de ciclovias ‘pop-up’, Altino Bessa considera que “talvez possa ser um recurso para continuar a melhoria da rede ciclável”.

“As políticas de mobilidade sustentável começaram a surgir em Braga sob alçada deste executivo municipal e continuarão a ser uma aposta”, assegurou à Braga Ciclável, avisando, contudo que não se podem generalizar políticas porque “cada cidade tem as suas especificidades e as adaptações ou “reestruturações devem ser pensadas com base nestas”.

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