As variantes Kp.1, Kp.2 e Kp.3 estão a levar, desde maio, a um aumento significativo de casos Covid-19, em Portugal, facto que levou a Agência Europeia para o Medicamento a incorporá-las na vacina deste ano.
Os especialistas entendem que as vacinas têm de ser atualizadas com frequência para irem ao encontro das mutações que surgem ao longo do tempo.
Em Portugal, a campanha de vacinação vai começar mais cedo, estando prevista para setembro.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou, na passada quinta-feira, o reforço das medidas básicas de prevenção e controlo da covid-19 perante o aumento do número de casos, que em 30 de junho ultrapassou o pico de incidência do último inverno.
Segundo a DGS, a transmissão da infeção apresenta “uma tendência crescente”, com 26 casos a sete dias por 100.000 habitantes em 30 de junho, valor que superou o pico registado no inverno (12 casos a sete dias por 100.000 habitantes), mas inferior ao pico de incidência do último verão (42 casos).
Cerca de 70% dos óbitos ocorreram em pessoas com 80 e mais anos, e a região com maior taxa de mortalidade foi o Algarve, que mantém uma tendência crescente.
De acordo com as autoridades de saúde, este aumento coincide com o aumento da prevalência de uma descendente da variante JN.1, a sublinhagem KP.3, que foi detetada em 51,3% das amostras em maio, que foi classificada recentemente como variante sob monitorização pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças.