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Dinheiros do antigo ISAVE foram para o bolso de dois ex-administradores

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Os dois ex-administradores do ISAVE – Instituto Superior de Saúde do Ave, da Póvoa de Lanhoso, José Henriques e Albino Costa causaram, propositadamente, 10,8 milhões de euros de prejuízo à Ensinave, a antiga dona do organismo. O Ministério Público exige devolução dessa verba ao Estado.

Os dois foram – conforme “O Vilaverdense” noticiou, acusados pelo Ministério Público de Braga dos crimes de insolvência dolosa, e peculato. Neste caso, por terem beneficiado de transferências bancárias da Ensinave para as suas contas bancárias pessoais, respetivamente de 1,089 milhões e de 656 mil euros.

A acusação envolve um terceiro arguido, por participação económica em negócio, o empresário Alberto Moreira Lapa, de Vila Nova Gaia, que terá passado faturas falsas à Ensinave de mobiliário de escritório e dado «comissões», por isso, aos dois ex-gestores. Facilitando vários contratos de leasing que serviram para financiar o Instituto e eles próprios.

O ISAVE, que hoje funciona em Amares com nova gestão – a qual nada tem que ver com a do passado – , foi fundado em 2002 por José Henriques e por Monsenhor Melo Peixoto – conhecido nacionalmente como o Cónego Melo – que foi administrador durante dois anos, até falecer em 2008. O sacerdote – sublinha a acusação – era a garantia de “credibilidade” do ISAVE e terá sido ele a conseguir o alvará do ensino superior. Mas nada teve a ver com o peculato, ou seja, com os alegados desvios feitos pelos outros dois ex-gestores.

O MP diz que a administração atuava de forma “megalómana”, já que criou 15 empresas de vários ramos de atividade, duas delas no Brasil e em Cabo Verde. E construiu o Colégio das Sete Fontes, em Braga, que também viria a falir. A Ensinave, que chegou a faturar vários milhões de propinas de 650 alunos, fazia transferências de dinheiro para as outras empresas sem qualquer rigor ou controlo.

Em 2010, foi declarada insolvente no Tribunal local, tendo, em 2013, sido declarada como insolvência danosa. Por má gestão. Os 10,8 milhões desviados davam para pagar aos credores que reclamaram 6,7 milhões e ainda sobrava dinheiro, assinala o MP.

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