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OPINIÃO -
Dos recursos humanos à gestão de talentos

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Opinião de Manuel Sousa Pereira

 

A gestão de recursos humanos consiste na gestão das pessoas, com os seus conhecimentos, habilidades e competências ao serviço das organizações, estando envolvida e alinhada na sua missão, visão e valores, procurando a realização e satisfação das pessoas envolvidas. 

Neste sentido, a designação de operários, assalariados, empregados, funcionários, trabalhadores estão cada vez mais em desuso e desadequados aos tempos atuais, na medida em que, cada vez são utilizados termos como: capital humano, gestão de pessoas e gestão de talentos, sendo o principal fator de diferenciação e de capacitação dos mesmos, motivando, envolvendo e potenciando as habilidades, competências de cada colaborador, alinhando-os com a cultura organizacional.

A partir dos anos 90 o termo passou a ser utilizado projetando uma dimensão mais cooperativa, participativa, procurando integrando todo o seu potencial na cultura da organização. Assim, a ideia central é que as pessoas são sempre mais que operários, funcionários, trabalhadores, que se focam nas suas tarefas e que as executam, como se fossem máquinas. Partindo desse pressuposto as organizações devem ser sistemas abertos, democráticos, proativos e participativos, onde a sua essência está na integração de vontades, talentos, habilidades alinhadas com a estratégia das organizações.

Segundo os dados da Eurostat, através do gabinete de estatísticas da União Europeia “Portugal é o país da Europa Ocidental com os salários mais baixos, 14 mil euros é o rendimento líquido que, em média um trabalhador solteiro sem filhos leva para casa no final de um ano de trabalho em Portugal. Quanto à carga fiscal a mesma fonte e segundo a OCDE refere que Portugal tem uma carga fiscal sobre o trabalho de 41,3% sendo uma das mais elevadas.

Assim, os desafios atuais e futuros passam por potenciar os talentos, motivando-os e procurando centrar a ação naquilo que os motivando-os, cativando-os, incorporando as suas habilidades, competências com as pessoas e para as pessoas. Torna-se imprescindível repensar as formas de incentivo, motivação e liderança nas organizações.

Um dos aspetos relevantes sobre esta temática consiste no conceito de âncoras de carreira formulado por Schein (1978) baseadas em talentos e habilidades, baseados no sucesso dos vários trabalhos realizados; motivos e necessidades, baseados no feedback de outras pessoas e da empresa e na autoavaliação ao enfrentar os vários desafios; atitudes e valores, baseados no confronto entre os valores e normas próprios e os da organização ou ocupação. 

Schein inicialmente descreveu cinco âncoras de carreira baseados nos dados coletados durante seus estudos (1978): autonomia/independência; segurança/estabilidade; competência técnica/funcional; competência gerência geral; criatividade empreendedora; serviço e dedicação a uma causa; puro desafio e estilo de vida. (Schein 1996).

Nesta perspetiva, é fundamental adequar as competências e habilidades pessoais à estratégia das organizações, valorizando o valor do trabalho, incentivar a produtividade, dando condições físicas e humanas adequadas, incentivando a formação ao longo da vida, flexibilizando o horário de trabalho à vida familiar, encontrar soluções ajustadas a cada cargo ou função, promovendo planos individuais de carreira, promovendo a meritocracia, o pragmatismo, a ética e os valores humanos a par de uma cocriação coletiva.

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