A economia da mobilidade excluindo a indústria automóvel já vale 358 milhões de euros em exportações no Norte, um aumento de 114,2% face a 2011, acima do ritmo de crescimento das exportações regionais, de acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira.
“As fileiras emergentes do setor da mobilidade (todas à exceção da fileira automóvel) exportaram 358 milhões de euros em 2023, o que representou um aumento de 114,2% face a 2011, um ritmo superior ao crescimento registado nas exportações do Norte como um todo”, pode ler-se no relatório Norte Estrutura, hoje divulgado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
O relatório analisa a evolução económica de vários setores da economia regional desde 2011.
As fileiras da economia da mobilidade com presença a Norte são as do automóvel, construção naval, bicicletas, motociclos, aeronáutica e ferrovia, sendo a automóvel destacadamente a mais exportadora (inclusive da região, com 5.357 milhões de euros, correspondendo a 93,7% das exportações de mobilidade).
As restantes, ainda que com “uma presença reduzida nas cadeias de valor internacionais”, já valem 358 milhões de euros de exportações, com destaque para a construção naval (141 milhões de euros, 2,5% da mobilidade), bicicletas (108 milhões de euros, 1,9% da mobilidade), motociclos (72 milhões de euros, 1,3% da mobilidade), aeronáutica (32 milhões de euros, 0,6% da mobilidade) e a ferrovia (3,2 milhões de euros, 0,1% da mobilidade).
“Em valor absoluto, a fileira da construção naval observou um crescimento das exportações de 91 milhões de euros em 2023 face a 2011, que compara com crescimento de 66 milhões de euros na fileira dos motociclos, 32 milhões de euros na aeronáutica e de três milhões de euros na ferrovia durante o mesmo período”, pode ler-se no documento.
Apesar da tendência de crescimento da fileira das bicicletas até 2022, no total acumulado até 2023 registou-se uma diminuição das exportações de um milhão de euros face a 2011.
Na indústria da construção naval, a região Norte exporta sobretudo embarcações de recreio, enquanto na fileira da aeronáutica o principal produto exportado consiste nas partes de aviões.
A indústria da ferrovia exporta, essencialmente, veículos para inspeção da linha férreas, enquanto as restantes fileiras da mobilidade exportam motociclos e bicicletas e suas partes constituintes.
Por concelho e fileira, os líderes exportadores da economia emergente da mobilidade foram Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo (construção naval) e, no distrito do Porto, a Maia (bicicletas e motociclos) Santo Tirso (aeronáutica) e Porto (ferrovia).
Na fileira automóvel a liderança cabe a Vila Nova de Famalicão (distrito de Braga).