As rendas aumentaram em 2024, atingindo o valor médio de 7%, um novo “recorde”, sendo o valor mais alta dos últimos 30 anos. São os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A habitação consome já quase metade dos orçamentos de cada família.
«Mais de 40% do rendimento da família é absorvido para a habitação. Neste momento, aquilo que preocupa grandemente as famílias é o facto de a maior parte delas ter contratos a prazo que terminam – e a agonia está precisamente aqui – quando termina o contrato de arrendamento e quando ele não é revisto ou é feita uma negociação para uma nova renda e aí colocam-se as grandes dificuldades às famílias porque elas muitas vezes não têm a capacidade de suportar a negociação de uma nova renda», aponta Natália Nunes da DECO, à SIC Notícias.
«As novas não têm nenhum limite, houve a tentativa no +habitação de limitar os aumentos nos novos contratos, mas naturalmente isso não funcionou e, portanto, nós estamos perante um ciclo de expectativas de mais de 10 anos» acrescenta António Machado da associação de inquilinos lisbonenses.
O aumento do valor das rendas não acompanha o valor dos rendimentos. Em 2024, enquanto a renda aumentou 7%, a inflação situou-se nos 2,4%.
Segundo o INE, no norte e em Lisboa, a subida das rendas aumentou significativamente.
«Nós propomos que as rendas até um determinado patamar, por exemplo 5% sobre o valor patrimonial», diz António Machado.
Foto: Vista aérea de Amares /Imovirtual