Terras de Bouro já tem em marcha a implementação de um sistema de valorização de bioresíduos, através da compostagem comunitária. A partir de agora, ‘nada se perde’ e tudo se transforma. Para o terreno, avançam já 100 contentores para grandes produtores e 350 baldes para produtores domésticos. Qual o objectivo? Reaproveitar os resíduos domésticos para compostagem e para produção de energia elétrica.
As cascas das frutas, de ovos e restos de comida doméstica e dos grandes produtores (IPSS´s, Escolas, Restaurantes), entre outros, vão ser aproveitados, no âmbito da campanha ‘Nada se Perde’, promovida pela CIM-Cávado.
«Tudo é reutilizável e rentável», assinalou o presidente da câmara municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, esta manhã, durante a apresentação oficial do projeto de valorização de bioresíduos, nos Paços do Concelho.
Embora assinalando que os concelhos rurais já fazem a reutilização dos restos da comida (bioresíduos) para alimentação animal, «é importante consciencializar a população e os restaurantes, hotéis, escolas, ipss´s para a importância de colocarem os excedentes nos contentores». Até porque – como referiu – quanto menos resíduos domésticos e dos grandes produtores no lixo comum, menos se transporta para a Braval e menos se paga em taxas de recolha de lixo. Quanto mais conseguimos reciclar, mais poupamos».
Depois dos contentores de lixo, ecopontos, oleões, pilhómetros, chega agora a compostagem e a valorização de bioresíduos. chegou o momento de reciclar resíduos domésticos.
Por forma a sensibilizar a população em geral, os hotéis, restaurantes, ipss´s, escolas e outras instituições públicas e privadas, a câmara municipal vai promover sessões de esclarecimento em Moimenta (15 de Março, 21h00, junta de freguesia), na vila do Gerês(16 de Março, 21h00, no Centro de Animação Termal), Souto (17 de Março, 09h00, Salão Paroquial) e Rio Caldo (17 de Março, 09h00, junta de freguesia).
COMPOSTAGEM COMUNITÁRIA
Assim, a população em geral vai receber baldes para colocação dos restos de comida, os bioresíduos. Para os grandes produtores, serão distribuídos sacos e estão disponíveis 100 contentores (de 80 a 800 litros) em todo o concelho, «com código de utilizador», para aí serem colocados os excedentes das refeições. Os sacos serão recolhidos pela Braval e, posteriormente, onde será composto e dará origem à energia eléctrica.
Em paralelo, os contentores farão a compostagem comunitária, que dão origem a novas culturas.
«30% do que colocamos nos contentores normais são bioresíduos. Não é lixo, mas recursos que podem ser transformados em novas culturas e são pagos a preço de ouro», destacou Cláudia Valente, da empresa BioRumo, que gere todo o processo. Esta destacou as «duas vertentes do projeto: uma para a população em geral, a compostagem comunitária (se forem colocados resíduos das refeições, dão origem a novas culturas). Um processo que vai ser gerido, no terreno, pelo município de Terras de Bouro.
Depois, há a parte dedicada aos grandes produtores (ipss, escolas, restaurantes, hotéis). «O que fica no prato (separados em sacos verdes, personalizados e levados para a Baval. Estes bioresíduos serão compostos e darão origem à energia eléctrica)», assinalou aquela responsável. Para o efeito, estarão disponíveis contentores dos 80 a 800 litros.
O objetivo é «atingir as metas vcolocadas a Portugal pela União Europeia».
A CIM do Cávado, representada na cerimónia por Ana Carvalho, assinalou a parceria com os municípios, com o objetivo de «cumprir metas a que estamos obrigados. Temos que sensibilizar para a correta separação dos resíduos».