A Câmara de Braga lançou, esta quarta-feira, a primeira pedra da construção do emissário que vai permitir fazer a ligação à nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Este, que será criada em Celeirós, num investimento de 30 milhões de euros.
A cerimónia contou com a presença da ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, para quem este é um “projeto muito importante” que surge com o objetivo de responder às “necessidades” de uma cidade que “cresceu muito” nos últimos anos.
Segundo a Câmara de Braga, a nova infraestrutura “permitirá tratar os efluentes de cerca de 200 mil habitantes equivalentes, complementando a capacidade existente na ETAR de Frossos”, e “será equipada com tecnologias inovadoras para o tratamento de águas residuais, nomeadamente a produção de energia para autoconsumo e a reutilização de água tratada, contribuindo para a melhoria da qualidade das massas de água locais e a preservação dos ecossistemas”.
Para o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, “a construção desta nova ETAR é um marco na política ambiental de Braga, alinhando crescimento urbano com sustentabilidade”.
“Em 2013, quando este executivo assumiu funções, já a ETAR de Frossos estava numa situação de completa sobrecarga. Tudo o que fizemos ao longo destes últimos dez anos já deveria estar feito. Os passos que foram cumpridos para agora podermos lançar este emissário e construir a ETAR do Este já deveriam estar construídos há dez anos”, vincou o autarca bracarense, referindo que a “nova ETAR não está feita para a realidade do presente, mas para a realidade da Braga que virá”.
Alexandra Roeger, presidente do Conselho de Administração da AGERE, destacou a importância estratégica desta obra, afirmando que “este projeto demonstra a capacidade da AGERE em aliar o crescimento urbano e económico à proteção ambiental, assegurando a construção de uma infraestrutura decisiva para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade do concelho”.
Com um emissário de 3,7 quilómetros de extensão e sistemas para gestão de caudais, esta infraestrutura está, segundo Alexandra Roeger, preparada para enfrentar fenómenos climáticos extremos, como cheias e picos de precipitação, contribuindo para uma maior segurança e eficiência operacional do sistema de saneamento de Braga.
A obra, financiada pelo POSEUR e pelo Norte 2030, terá ainda uma vertente pedagógica, com iniciativas de sensibilização da população para a importância do ciclo urbano da água e da preservação da biodiversidade.