As emissões poluentes vão atingir um novo máximo histórico este ano e deverão voltar a bater um recorde em 2020. A subida deste ano deve-se principalmente à China.
Espera-se que as emissões de combustíveis fósseis e indústria atinjam 36,81 mil milhões de toneladas de dióxido carbono (CO2) até ao final deste ano, um aumento de 0,24GtCO2 (0,6%) em relação aos níveis de 2018, de acordo com as últimas estimativas do Global Carbon Project (GCP) e divulgadas pela ONG Carbon Brief.
Este aumento deve-se principalmente ao crescimento dos níveis de produção industrial na China, numa altura em que o uso de carvão em algumas potências económicas como a Alemanha, França e Inglaterra, tem estado em declínio.
Os investigadores do GCP antecipam que “é provável um aumento adicional das emissões em 2020”, à medida que o consumo global de gás natural continue a “crescer” em linha com a dependência do petróleo.
Apesar do rápido aumento na procura e da queda nos custos de produção das fontes renováveis em muitas partes do mundo, a maioria dos aumentos pela procura de energia continua ser respondida pelos combustíveis fósseis. Por exemplo, o gás atendeu a cerca de dois quintos do aumento da procura em 2018, contra apenas um quarto das energias renováveis.
No que toca às emissões provocadas por humanos, a GCP antecipa que aumentem 1,3%. Este aumento será provocado pela exploração na terra, nomeadamente pela desflorestação que também atingiu novos máximos este ano. Embora o uso da terra represente apenas cerca de 14% do total de emissões de 2019, contribuirá com mais de metade do aumento de emissões em 2019.