Dez anos depois da crise financeira, ainda há imobiliárias a falir! O administrador de insolvência da imobiliária Eticabiz, Imóveis, Ldª, com sede no Parque Industrial de Parada de Tibães, em Braga, propôs ao Tribunal do Comércio de Famalicão, o fecho definitivo da empresa e a liquidação do seu ativo que se resume a dois terrenos que valem 30 mil euros (15 mil cada) em Soutelo, Vila Verde.
A Assembleia de Credores da firma deve aprovar a proposta do jurista Nuno Albuquerque e votar o fecho da empresa, que deve 1,6 milhões de euros. Sem o dinheiro vão ficar vários bancos nomeadamente o BIC (535 mil), a Caixa Geral de Depósitos (536 mil), a Norgarante (217 mil), a sucursal portuguesa do espanhol Corporacion Bancária (183 mil), e o Novo Banco (161 mil).
No relatório final, o administrador lembra que a empresa deixou de ter atividade em 2015, apesar de continuar inscrita nas Finanças.
Diz que nenhum dos seus administradores apresentou um Plano de Recuperação, e nota que, para além daqueles dois terrenos, era credora de 1, 2 milhões da sociedade “João Fernandes da Silva, SA, também declarada insolvente. Como os administradores são comuns – constata – a verba é impossível de receber.
A firma foi constituída em dezembro de 2008 e dedicou-se a actividades de construção civil, por conta própria e por empreitada, compra e venda de bens imóveis e revenda dos mesmos e arrendamento de imóveis próprios.
A sociedade, que se apresenta inativa, pelo menos, desde 2015, estava instalada, a título gratuito, num imóvel da propriedade da sociedade “João Fernandes da Silva”.