A Câmara Municipal de Famalicão decidiu não reflectir na factura dos munícipes o aumento do custo que as entidades prestadoras destes serviços cobram à autarquia – 2,7% no caso da água e de 25% no tratamento de resíduos, informa esta segunda-feira a autarquia.
A actualização das tarifas de Abastecimento de Água, Drenagem de Águas Residuais e Recolha de Resíduos Sólidos está em análise na reunião do Executivo desta terça-feira. A garantia, contudo, já tinha sido deixada pelo presidente da Câmara na reunião da Assembleia Municipal do passado dia 16.
Assim, em 2023, a autarquia vai suportar o aumento de 2,7% dos custos na aquisição dos serviços às Águas do Norte e o aumento do valor da Taxa de Recursos Hídricos e Taxa de Gestão de Resíduos a pagar ao Governo, não aplicando qualquer aumento para o consumidor.
Excepção para o 3.º e 4.º escalões das tarifas variáveis, que representam elevados consumos de água, cujo aumento em 2023 se traduz em 6% e 9%, respectivamente, como medida de combate à seca e de incentivo a um consumo moderado de água.
A factura ambiental dos famalicenses apenas vai encaixar a actualização das tarifas de saneamento de águas residuais e de recolha de resíduos sólidos urbanos à taxa da inflação, 3%. Neste caso o valor a pagar pela Câmara à Resinorte, fornecedor responsável pelo tratamento de resíduos em Famalicão, aumentará 25%.
“Sabemos o quanto está difícil a vida. Enquanto a nossa saúde financeira o permitir, tudo faremos para contrariar o aumento acentuado do custo de vida”, explicou o presidente da autarquia, Mário Passos, que adiantou que com esta decisão a Câmara “deixa nos bolsos dos famalicenses mais de um milhão de euros”.
Já em 2022, a autarquia também optou por não repercutir nos consumidores os aumentos das tarifas cobradas pelas entidades prestadoras destes serviços.